Eleição Petros
Desde a reforma da Previdência de 2019, os trabalhadores enfrentam novas regras que afetam diretamente o valor das aposentadorias. Antes da mudança, o cálculo do benefício do INSS considerava a média das 80 maiores contribuições, geralmente feitas no final da carreira — período em que o trabalhador costuma ter os maiores salários. Com a reforma, a média passou a considerar todos os salários desde o primeiro registro em carteira, o que tende a reduzir o valor final do benefício.
Esse novo cenário torna ainda mais evidente as diferenças entre os planos Petros-1 e Petros-2, especialmente para quem vai se aposentar nos próximos anos. O Petros-1, por muitos anos, funcionou com o modelo de complementação integral ao INSS, permitindo que o trabalhador, independentemente de seu salário de aposentadoria (R$ 3 mil, R$ 4 mil ou R$ 5 mil), pudesse receber até três vezes o teto do INSS. Além disso, nos últimos anos, o plano mantinha uma contribuição de 11% sobre 14 níveis salariais, somada à contrapartida da Petrobrás.
O Petros-2, por outro lado, é um plano de contribuição definida, em que o benefício futuro depende exclusivamente do que o trabalhador acumulou ao longo do tempo. As contribuições são feitas com alíquotas progressivas, conforme a faixa etária:
- de 20 a 30 anos: 8% da remuneração;
- de 30 a 40 anos: 9%;
- de 40 a 50 anos: 10%;
- acima de 50 anos: 11%.
A média efetiva de contribuição ao longo da carreira, portanto, fica abaixo de 10%, valor inferior ao praticado no Petros-1. Além disso, o Petros-2 sofre com baixa rentabilidade, sendo hoje o segundo pior plano nesse quesito — só à frente do Petros-3.
Esses fatores colocam em risco o futuro de milhares de participantes. Um exemplo ajuda a ilustrar: um trabalhador que, no final da carreira, tenha salário líquido de R$ 14 mil a R$ 15 mil — com muitos adicionais por tempo de serviço (ATS) e promoções — poderá se deparar, no momento da aposentadoria, com um valor total de apenas R$ 10 mil, somando INSS e Petro-2. Isso pode forçar o trabalhador a adiar a aposentadoria por meses ou até anos, na tentativa de suavizar essa queda de renda. Na prática, significa trabalhar mais e se aposentar com menos.
Adaedson Costa, representante da Chapa 51 – Petros para os Participantes, chama atenção para a urgência de mudanças. “Hoje, temos um problema claro de rentabilidade no Petros-2 – no ano passado o plano rendeu 3,54 p.p. abaixo da meta. E, com contribuições médias de menos de 10% ao longo da vida laboral, a tendência é que o benefício final seja insuficiente para manter o padrão de vida do trabalhador”, alerta.
Diante desse cenário, a Chapa 51 propõe medidas urgentes para resgatar a sustentabilidade do plano e proteger os participantes:
- Criação de uma comissão de acompanhamento de investimentos, com o objetivo de pressionar por melhores escolhas de alocação de recursos;Unificação de esforços com conselheiros eleitos de outros fundos para combater resoluções e legislações que prejudiquem a rentabilidade e os direitos dos participantes;
- Defesa da transparência nos balanços, como no caso da mudança recente na contabilização de títulos públicos, que mascarava os reais resultados dos investimentos;
- Aperfeiçoamento da política de contribuições, para garantir um fundo robusto capaz de assegurar um benefício compatível com a expectativa dos trabalhadores.
- Além disso, a Chapa 62, com PC e Jane Santana como candidatos ao Conselho Fiscal, fortalece a proposta de fiscalização ativa e comprometida com os interesses dos participantes.
Hoje, o Petros-2 já acumula quase 53 mil participantes e mais de 7 mil aposentados. Com 18 anos de existência, o plano exige uma guinada na gestão e nas decisões políticas que impactam seu desempenho.
Adaedson conclui: “Estamos lutando para garantir que você, da ativa, tenha uma aposentadoria digna, como tiveram as gerações anteriores. O momento é agora. Precisamos de união e mobilização.”
É hora de garantir uma aposentadoria digna, nos moldes das gerações anteriores. Por isso, vote Chapa 51 no Conselho Deliberativo e Chapa 62 no Conselho Fiscal. Seu futuro depende das decisões que tomarmos agora. Vote certo! Vote Petros para os participantes!
