Petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista aprovam greve nacional de 48h a partir de 29 de maio

Unidade e luta

Mais uma vez, os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista reafirmaram sua tradição de luta e aprovaram, com ampla maioria nas assembleias, a participação na greve nacional  de 48 horas a partir do dia 29 de maio.

A indignação da categoria diante do arrocho da Magda com os trabalhadores e trabalhadoras se refletiu nas assembleias realizadas entre os dias 19 e 21 de maio, nas bases operacionais e na sede e subsede do Sindicato. A categoria está mobilizada e disposta a intensificar a luta até que a Petrobrás pare de negligenciar seus compromissos e distribua, de forma justa, à categoria a parte que lhe cabe na produção de riqueza.

Até agora, o que vimos foram encenações, demonstrações claras de desprezo pelos trabalhadores que produzem a riqueza da empresa e um roteiro armado para dar a falsa impressão de diálogo. Os trabalhadores e as trabalhadoras exigem respostas concretas sobre a PLR, o novo Plano de Cargos e Salários (PCCS), os abonos dos dias de greve e, principalmente, a presença da Transpetro nas mesas de negociação — algo que vem sendo sistematicamente ignorado pela gestão, num jogo de empurra vergonhoso.

A pauta do teletrabalho precisa avançar de forma concreta, pois a proposta apresentada até agora é insuficiente. A Petrobrás insiste em impor medidas sem diálogo, desrespeitando a força de trabalho que manteve o Sistema Petrobrás operando mesmo nos momentos mais difíceis.

O cerco está se fechando. Se a postura da gestão da empresa continuar nessa linha de autoritarismo e enrolação, essa não será apenas uma greve de aviso. A categoria já deu provas de que tem força, organização e disposição para ir além — e está pronta, se for necessário, para fazer história e superar, na prática, a greve de 1995.

A paciência acabou. A Petrobrás precisa entender que sem negociação de verdade, a resposta virá da única forma que a categoria conhece: com unidade, luta e resistência.