Nesta sexta (23)
A diretoria do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista irá se reunir nesta sexta-feira (24) com a Executiva da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) para deliberar sobre os próximos passos diante da proposta apresentada pela Petrobrás em reunião realizada nesta quinta-feira (23), no Edifício Senado, no Rio de Janeiro. O encontro contou com a presença dos gestores do RH da empresa, representantes do Sindipetro-LP e dos demais sindicatos da federação.
Após meses de inanição e omissão diante das pautas da categoria — que inclusive motivaram a realização de uma greve nacional de 24h em março e a aprovação de nova paralisação de 48h —, a gestão da Petrobrás não avançou em pontos importantes para os trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás.
Entre as demandas ignoradas pela empresa estão dois pontos centrais: efetivo e SMS. O alto escalão sequer se dispôs a abrir qualquer espaço de negociação sobre esses temas, que afetam diretamente a saúde, a segurança e a sobrecarga da força de trabalho nas unidades operacionais.
Outro ponto que continua gerando insatisfação é o teletrabalho. A proposta apresentada teve pequenos ajustes em relação às rodadas anteriores, sem avanços significativos. A famigerada cláusula 4, que dá à gerência o poder de cancelar unilateralmente o regime remoto, sofreu alterações, mas ainda concentra amplos poderes nas mãos da chefia — o que não garante segurança aos trabalhadores e trabalhadoras que atuam nesse modelo.
Além disso, a empresa retirou da proposta a cláusula que permitia aos trabalhadores que estão temporariamente no administrativo, mas são dos regimes especiais — o que representa um claro retrocesso e exclui parte significativa da categoria.
Quanto à PLR, a gestão da Petrobrás aponta um pagamento de um abono de uma remuneração, com piso de R$ 15 mil, como antecipação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). A empresa alega que a medida seria um gesto de boa-fé negocial e valorização da mesa de negociação coletiva. O abono seria pago em duas parcelas: a primeira até 30 de junho e a segunda até 28 de agosto. Em relação ao Plano de Cargos, a empresa se comprometeu a apresentar um calendário de reuniões a partir do mês de junho.
Também foi anunciada a devolução dos valores já descontados, com seus reflexos. No entanto, a compensação será feita por banco de horas ou desconto sem reflexo pelo saldo de conta.
A reunião terminou com avanços em partes, deixando outros pontos das reivindicações da categoria. Diante desse cenário, a diretoria do Sindipetro-LP reforça a importância dos movimentos, sendo peça fundamental para pressionar a gerência da Petrobrás e conquistar avanços.
A direção sindical debaterá em conjunto com a FNP e apresentará à categoria os encaminhamentos. Fique atento aos nossos canais de comunicação.
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