48 horas de luta!
A greve de 48 horas iniciada nesta quinta-feira (29) no Edisa, em Santos, simboliza um marco de resistência e mobilização dos petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista que atuam no regime administrativo. Após rejeitarem a proposta da Petrobrás para o regramento do teletrabalho, a diretoria do Sindipetro-LP ocupou as entradas do prédio administrativo para dialogar com os “fura-greves” e convencê-los a aderir ao movimento, reforçando a unidade em defesa dos direitos da categoria. O ato contou com o apoio essencial de sindicatos parceiros, como os Metalúrgicos e o Sindicato dos Servidores Municipais de Praia Grande, fortalecendo ainda mais a mobilização. Além do Litoral Paulista, a greve também ocorre em bases administrativas no Rio de Janeiro, que concentra o maior número de trabalhadores do regime administrativo.
A mobilização foi marcada por discursos dos trabalhadores da ativa, que destacaram práticas da Petrobrás para enfraquecer a luta coletiva, como divisões internas, além de relatar a necessidade de resistir a punições, retaliações e perdas de gratificações impostas a quem participa das mobilizações. O caso de uma funcionária do Edisa, punida injustamente por sua atuação na luta, foi lembrado como exemplo de resistência: “mexeu com uma, mexeu com todas”.
Os trabalhadores e trabalhadoras contratados se mantiveram o tempo todo do lado de fora do prédio, pressionados por suas chefias a tentar entrar no Edisa, mas durante todo o período que a categoria permaneceu no ato, puderam ouvir da diretoria do Sindipetro-LP sobre o andamento de pendências relacionadas a seus contratos, que têm sido debatidas em reuniões com a empresa. Entre os pontos cobrados está a promessa feita pelo ex-presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, de incluir dependentes nos convênios médicos nos novos contratos com as terceirizadas. Além disso, o sindicato busca a unificação da tabela salarial entre a refinaria e o prédio administrativo, bem como a correção das discrepâncias salariais entre funções exercidas por contratados de empresas com o mesmo CNPJ em Cubatão e no Edisa.
A mobilização foi encerrada às 16h e será retomada nesta sexta-feira (30). A expectativa agora está na resposta da Petrobrás às reivindicações da categoria. Vale ressaltar que a participação da categoria é fundamental para o fortalecimento da greve, portanto, contamos com a presença do máximo de trabalhadores possíveis ao ato. Enquanto isso, a luta continua firme, com ações planejadas para o segundo dia da greve e avaliação constante das atividades.
Viva a luta da classe trabalhadora!