Trabalhadores e trabalhadoras do Edisa, no Litoral Paulista, saem fortalecidos após greve histórica  

Greve suspensa!

Após uma greve iniciada na quinta-feira, 29 de maio, e encerrada nesta segunda-feira, 2 de junho, os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista decidiram, em assembleia realizada no Edisa Valongo, em Santos, suspender a mobilização – mas não a luta. A categoria deixa as ruas de cabeça erguida, ciente de sua força e da relevância dessa greve, que marcou um novo momento na unidade entre os trabalhadores.

Como não poderia ser diferente, a greve do administrativo do Valongo foi motivo de reconhecimento. Durante a assembleia, os trabalhadores do administrativo do Edisa foram aplaudidos por sua contribuição à construção de uma greve histórica.

Embora suspensa, a mobilização continua. Na quarta-feira, 4 de junho, uma nova assembleia no Edisa definirá os próximos passos. Essa greve é uma vitória coletiva: pela primeira vez, os trabalhadores e trabalhadoras do ADM participaram de forma expressiva, evidenciando a força da união e sua importância para a categoria. Além disso, o movimento reforçou a capacidade do Sindipetro-LP de dialogar com todas as bases, superando barreiras históricas. Com isso, o ADM do Valongo também se posiciona ao lado certo da história, ampliando sua participação na luta e fortalecendo o movimento como um todo.

A solidariedade de classe também teve papel fundamental nas mobilizações. Sindicatos como os Metalúrgicos, Servidores Municipais de Praia Grande, Construção Civil e Bancários estiveram presentes desde o início, apoiando os petroleiros no fechamento dos acessos e reforçando que a luta da categoria é parte de uma causa mais ampla, que engloba todos os trabalhadores.

Já a gestão Magda Chambriard, ao insistir na truculência e recusar o diálogo, obteve o oposto do que esperava: conseguiu mobilizar o administrativo do Valongo, expôs seu desprezo pelos trabalhadores e provocou uma rejeição unânime à sua gestão. Em resposta, a categoria aprovou, por unanimidade, o início da campanha por sua saída, deixando claro que não aceitará ataques aos seus direitos.

O Litoral Paulista não recua. A Petrobrás mais uma vez foi lembrada de que, quando a categoria se une, nenhuma repressão ou manobra jurídica é capaz de quebrar sua força.