na Petrobrás
O Sindipetro-LP segue investindo na formação dos seus dirigentes e profissionais com foco no fortalecimento da atuação dentro das unidades da Petrobrás e Transpetro e no atendimento na sede e subsede diante dos desafios cada vez mais complexos no ambiente de trabalho. No mês de maio, marcaram presença em eventos e cursos on-line voltados ao enfrentamento dos riscos psicossociais, com o objetivo claro de aprimorar o atendimento às demandas específicas dos petroleiras e petroleiras.
Toda essa agenda de formação tem como finalidade preparar representantes sindicais para lidar com questões que afetam diretamente a saúde mental, o bem-estar e as condições de trabalho da categoria. São temas que exigem conhecimento técnico, sensibilidade e atuação firme frente ao descaso ou à omissão das chefias da empresa.
Entre as atividades, destacam-se:
22 de maio – Apresentação da tese de doutorado da psicóloga Daniela Tavares, defendida na USP, sobre o processo de mediação do assédio moral no cotidiano de chefes intermediários, com sugestões para a prevenção.
22 e 23 de maio – Participação no curso da Fundacentro sobre Ergonomia para Enfrentamento dos Fatores Psicossociais no Trabalho.
26 de maio – Presença no 103º encontro do Fórum de Acidentes de Trabalho, que discutiu a saúde mental e as dimensões psicossociais do trabalho.
28 de maio – Acompanhamento do webinar da Abergo sobre a prática da avaliação dos fatores de riscos psicossociais.
A partir dessa participação nesses eventos os presentes concluíram cinco pontos destacados abaixo:
- As normas já exigem a avaliação dos fatores psicossociais – A NR17, por exemplo, determina que as empresas devem avaliar desde o conteúdo das tarefas até o ritmo e a exigência de tempo. No entanto, na prática, isso ainda é negligenciado.
- Empresas preferem medidas paliativas – Ao invés de atuar na raiz do problema, muitas adotam canais de denúncia e programas de atendimento psicológico apenas após o adoecimento dos trabalhadores. Quando falam em prevenção, restringem-se a cartilhas e palestras superficiais. É o caso da recente lei de certificação de empresas "promotoras da saúde mental", criticada por especialistas e sem apoio do Ministério do Trabalho.
- Os verdadeiros riscos continuam intocados – Fatores como metas abusivas e controle excessivo seguem invisibilizados. No setor petroleiro, por exemplo, operadores lidam com inúmeras Permissões de Trabalho (PTs) simultaneamente, sem participar das decisões que impactam diretamente sua rotina, o que agrava o sofrimento psíquico e compromete a segurança.
- A escuta ativa é essencial – Questionários científicos existem, mas não substituem o diálogo com os trabalhadores. Avaliações eficazes combinam instrumentos técnicos com grupos focais e outras formas de escuta coletiva.
- O risco de manipulação dos resultados pelas empresas – A nova NR1 exige que o risco psicossocial seja enquadrado em uma matriz de riscos. Porém, sem a participação dos representantes dos trabalhadores, há grande chance de que as empresas manipulem os dados para reduzir a gravidade percebida. A inclusão de indicadores como afastamentos por transtornos mentais – inclusive aqueles não reconhecidos oficialmente – é fundamental para garantir diagnósticos justos e ações eficazes.
Diante disso, o Sindipetro-LP reforça seu compromisso com a formação permanente e convoca os membros das Cipas a se engajarem nessa luta. A saúde mental da categoria petroleira de ser tratada como direito fundamental.
Se você é cipista e quer participar dessas ações, entre em contato com a equipe de saúde do sindicato pelo e-mail
saudedopetroleiro@sindipetrosantos.com.br ou pelo telefone 3202 1100 ramal 229.
A luta por ambientes de trabalho seguros e saudáveis passa pela organização e conhecimento da classe trabalhadora. E o Sindicato segue firme nesse caminho.