Na luta
O Sindipetro-LP, representado pelo diretor Fábio Mello, participou nesta terça-feira (10) da assembleia dos trabalhadores contratados da empresa LCD, recentemente vendida para a NXN. A nova empresa, que assumiu o contrato na RPBC, ainda não efetuou o pagamento dos salários, levando os trabalhadores a aprovarem, em assembleia, a continuidade da greve.
A mesma empresa tem causado problemas também na UTGCA, em Caraguatatuba, onde cerca de 70 trabalhadores do contrato da obra do novo refeitório também estão sem receber. Os trabalhadores e trabalhadoras já decidiram que se os salários não forem depositados até hoje, eles entrarão em greve a partir de amanhã.
A NXN é atualmente responsável pela parada de manutenção e pelos serviços compartilhados do dia a dia na refinaria. Diante da gravidade da situação, a direção do Sindipetro-LP irá cobrar uma solução imediata do setor de contratos da Petrobrás.
Durante as mesas de negociação, Mello tem defendido com firmeza que, além da constituição de um fundo garantidor, que já é retido mensalmente das empresas contratadas, seja exigido também o pagamento antecipado de uma caução equivalente a uma folha salarial. “Esses trabalhadores cumpriram o mês inteiro de jornada, têm compromissos familiares, aluguel, escola das crianças, pensão alimentícia. Não podem ser prejudicados”, ressaltou o dirigente.
O Sindipetro-LP apoia a greve. A Petrobrás tem responsabilidade sobre o contrato e, até o momento, não se manifestou em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras contratados. A diretoria do sindicato reforça: se essa situação não for resolvida, o Sindipetro-LP irá mobilizar sua base em um movimento solidário, com paralisação geral, de próprios e contratados.
A greve continua até que os salários sejam pagos. O sindicato seguirá lutando para que todas as empresas contratadas sejam obrigadas a garantir uma caução equivalente a uma folha de pagamento e a manter um fundo garantidor que assegure a quitação das verbas.