UTGCA: Sindipetro-LP deixa de ser convocado pela Petrobrás para acompanhar visita de parlamentares

Revoltante!

A visita de uma comitiva de vereadores de Caraguatatuba à UTGCA, realizada na segunda-feira (16), expôs mais um capítulo preocupante na relação entre a gestão da unidade e os trabalhadores. Convocada em resposta às denúncias apresentadas pelo Sindipetro-LP durante a audiência pública do dia 2 de junho, a inspeção tinha como objetivo apurar as condições inseguras de trabalho na planta, incluindo histórico de vazamentos, efetivo reduzido de operadores, além dos riscos iminentes à segurança operacional.

Vale salientar que a Conferência Americana Governamental de Higienistas Industriais (ACGIH) define a ciência como "a arte devotada à antecipação, ao reconhecimento, à avaliação e ao controle dos fatores ambientais e agentes tensores originados do trabalho, os quais podem causar enfermidades, prejuízos à saúde e bem-estar, ou significativo desconforto e ineficiência entre os trabalhadores ou cidadãos da comunidade." Já a Associação Internacional de Higiene Ocupacional (IOHA) descreve a disciplina como "antecipar, reconhecer, avaliar e controlar riscos para a saúde no ambiente de trabalho, com o objetivo de proteger a saúde e o bem-estar dos trabalhadores e da comunidade como um todo." Essas definições evidenciam o quão crucial é o monitoramento eficaz e transparente das condições de trabalho e saúde em locais como a UTGCA.

Apesar de a diretoria do Sindipetro-LP estar presente na unidade no dia da visita, com a ciência da gerência da UTGCA, esta optou por não incluir o sindicato, que só teve conhecimento da presença da comitiva graças à atuação da vereadora Cássia Gonçalves. Essa omissão, para o Sindipetro, representa uma tentativa de dificultar o acesso dos parlamentares aos problemas relatados.

O impedimento da participação do Sindipetro demonstra desrespeito aos trabalhadores e trabalhadoras que diariamente enfrentam riscos no local de trabalho.

Entre os temas discutidos na referida audiência, destacaram-se a saúde e a segurança operacional, a fiscalização das empresas terceirizadas que prestam serviços à Petrobrás e a necessidade de melhoria no acesso à unidade – defendendo a municipalização do trecho da rodovia Tamoios entre o Hospital Regional e a portaria P-1.

O Sindipetro-LP reafirma seu compromisso com a defesa da segurança e da dignidade de todos os trabalhadores e trabalhadoras da unidade e continuará cobrando transparência e soluções efetivas da Petrobrás e das autoridades competentes.