Tensão
Atualizado 27/05/25, às 17h33
Um incidente com uma aeronave que realizava voo para a plataforma P-68, na última terça-feira (24), acendeu um alerta sobre as condições de segurança para trabalhadores e trabalhadoras offshore. A aeronave, que transportava passageiros para a unidade da Petrobrás, enfrentou severas condições climáticas durante o pouso. Após cinco tentativas frustradas de aproximação, a tripulação precisou retornar ao aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Apesar do susto, todos os ocupantes desembarcaram em segurança.
Trabalhadores relataram momentos de extremo pânico durante o voo. Um passageiro experiente descreveu a situação como "o pior momento de sua vida". O voo enfrentou cerca de 40 minutos de turbulências em nuvens densas, chuva intensa e ventos que muito fortes, uma condição extremamente perigosa para operações offshore, especialmente durante pousos em helipontos. Apesar do risco elevado, o piloto demonstrou habilidade e conseguiu retornar com segurança ao ponto de origem, evitando um desfecho mais grave.
Diante da gravidade do incidente, a Petrobrás montou uma comissão de investigação para apurar o ocorrido. O Sindipetro Litoral Paulista indicou um representante para acompanhar de perto o processo e garantir a transparência das análises. A empresa informou que já está em contato com a operadora do voo para obter informações detalhadas, incluindo imagens da plataforma e dados técnicos das condições climáticas no momento do incidente.
Como parte das medidas preventivas, a Petrobrás suspendeu temporariamente os voos para a P-68 e realocou os passageiros em hotéis, além de reorganizar os voos dos dias 24 e 25 de junho. Dois voos de MERO foram direcionados para Cabo Frio, enquanto Maricá recebeu 11 voos. Já em Jacarepaguá, foram redirecionados 4 voos do pool, 10 voos da AGUP e 2 voos EXP.
O Sindipetro-LP considera a ocorrência gravíssima e reforça a importância de revisar os protocolos de segurança para evitar que episódios como esse voltem a ocorrer.
A diretoria do Sindipetro-LP reforça que segurança não é opcional, é prioridade. Por isso, orienta os trabalhadores e trabalhadoras embarcados a enviarem denúncias e relatos, destacando que essas informações são fundamentais para que possamos cobrar e assegurar condições seguras de trabalho no setor offshore. Conforme as investigações forem avançando, o Sindipetro vai comunicando a categoria.