Ciclo de debates:
Em um sábado de intensa troca de conhecimentos e celebração da luta por uma sociedade mais justa, o Sindipetro-LP teve a honra de participar do "Ciclo de Debates – Florestan Fernandes e a Revolução Cubana". Realizado em 19 de julho de 2025, na renomada Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), em Guararema (SP), o evento reforçou a importância do combate ao avanço do capitalismo, que se manifesta na retirada de direitos dos trabalhadores e na exploração do homem pela ditadura financeira.
Este evento, que demonstra a luta de um país contra o imperialismo e o capital financeiro, alinha-se perfeitamente com os pilares do Sindipetro-LP: a administração de sua estrutura, a luta incessante contra as políticas neoliberais e, fundamentalmente, a defesa dos direitos dos petroleiros da ativa, aposentados e pensionistas, e da classe trabalhadora como um todo. A Revolução Cubana, tema central do debate, emerge como um exemplo prático dessa luta, com suas conquistas e as opressões impostas pelo imperialismo capitalista financeiro.
Representando o Sindicato, o coordenador geral Márcio André participou do evento, reforçando o compromisso da entidade com a formação crítica e o fortalecimento da consciência de classe, pilares fundamentais para a transformação social e política.
Vozes da resistência e do conhecimento
O debate contou com a presença de figuras inspiradoras na luta social e educacional. Douglas Estevam, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da própria ENFF, trouxe sua perspectiva engajada. Ao seu lado, Camila Guerrero, educadora popular do Centro Memorial Dr. Martin Luther King Jr., de Cuba, compartilhou a rica experiência cubana. A mediação ficou a cargo da anfitriã Cássia Bechara, Coordenadora Político-Pedagógica da ENFF, que conduziu as discussões com maestria, garantindo a fluidez e a profundidade dos temas abordados.
Cultura, Esporte e Mística Revolucionária
Além dos debates, o evento foi marcado por momentos de confraternização e celebração. A "torcida organizada" Palestra Sinistro, um movimento de palmeirenses progressistas e antifascistas, marcou presença, demonstrando que a luta por justiça social transcende as fronteiras ideológicas e se manifesta em diversas esferas da sociedade. Um amistoso de futebol 7, no campo Dr. Sócrates, entre o Palestra Sinistro e o time do MST, animou os participantes, reforçando os laços de camaradagem e união.
O início do Ciclo de Debates foi permeado por uma emocionante mística que encenou o triunfo da Revolução Cubana de 1959, com a representação de personagens icônicos como Che Guevara e Fidel Castro. Esse momento simbólico serviu para contextualizar o público sobre a importância histórica e o legado da revolução, preparando o terreno para as discussões que se seguiriam.
A Revolução Cubana sob a ótica de Florestan Fernandes e a luta contra o capital
Um dos pontos centrais do evento foi a análise da Revolução Cubana a partir do pensamento de Florestan Fernandes, especialmente em sua obra "Da Guerrilha ao Socialismo: A Revolução Cubana". Douglas Estevam e Camila Guerrero aprofundaram-se nas ideias do sociólogo brasileiro, que, em seu livro, explora a Revolução Cubana não apenas como um evento histórico, mas como um processo de transformação social profundo. Fernandes argumenta que a guerrilha cubana foi um meio politizado e uma ferramenta essencial para a construção de um Estado social popular, desafiando dogmas e mostrando a viabilidade de um caminho socialista e científico para a América Latina. Ele destaca como a revolução conseguiu integrar o povo na construção de uma nova nação, superando as estruturas de dominação e dependência impostas pelo capital.
O principal ponto do debate foi justamente mostrar como o movimento contrarrevolucionário na América do Sul impede a quebra de dois dogmas: o socialismo e o científico. A experiência cubana, com sua guerrilha politizada e a construção de um Estado social popular, representa a materialização da luta dos trabalhadores contra a exploração e a ditadura financeira capitaneada pelas políticas neoliberais. A Revolução Cubana, nesse sentido, é um farol que ilumina a capacidade de um povo de se libertar das amarras do imperialismo e construir um futuro baseado na justiça social e na soberania.
Camila Guerrero, por sua vez, complementou a discussão trazendo a perspectiva da participação feminina na Revolução Cubana, um aspecto muitas vezes subestimado, mas de fundamental importância para o sucesso e a consolidação do processo revolucionário. Ela também abordou os persistentes bloqueios econômicos impostos pelos Estados Unidos a Cuba, que causam prejuízos anuais estimados em aproximadamente 5 bilhões de dólares, além da absurda e infundada acusação de que Cuba seria um país patrocinador do terrorismo, para inviabilizar que o país se utilize do sistema internacional de transações financeiras — uma clara tentativa de deslegitimar as conquistas sociais e políticas da ilha e de minar a resistência de um povo que ousou desafiar o capital global.
Um Dia de Educação, Cultura e Luta Pela Classe Trabalhadora
O Ciclo de Debates – Florestan Fernandes e a Revolução Cubana foi, em suma, um dia de profunda educação e cultura, reafirmando o compromisso com a luta por uma sociedade mais justa e igualitária. A discussão sobre a relação capital-trabalho, a importância da organização popular para a transformação social e o combate às políticas capitalistas ressoou em cada fala, em cada debate e em cada momento de confraternização. O Sindipetro-LP reitera seu compromisso com esses valores, que são a base de sua atuação na defesa dos direitos dos petroleiros e da classe trabalhadora como um todo, e seguirá apoiando iniciativas que promovam o conhecimento crítico e a mobilização em prol de um mundo mais humano, solidário e livre da exploração do capital.
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Palestra Sinistro – Palmeiras Antifascista
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