Na luta
Federação e sindicatos atuam junto ao RH da Petrobras para que retenções contratuais sejam usadas no pagamento das verbas rescisórias; casos se multiplicam após vencimento de contratos em agosto
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) está intervindo, mais uma vez, no caso da empresa terceirizada LCD, que atua no Sistema Petrobras, e não tem efetuado o pagamento de salários e verbas rescisórias a trabalhadores demitidos.
A situação veio à tona em julho, quando ex-funcionários relataram não terem recebido as quitações após o desligamento. Com o vencimento da maioria dos contratos do compartilhado de engenharia neste mês de agosto, a preocupação é que o número de demissões e os prejuízos aumente.
Segundo o diretor do Sindipetro Litoral Paulista (LP) e da FNP, Fábio Mello, as entidades já encaminharam um ofício ao RH da Petrobras solicitando urgência na resolução do problema e uma busca no diálogo direto com os gestores responsáveis pelos contratos de empresas terceirizadas.
“Recentemente, conseguimos evitar atrasos no pagamento de salários, vale-alimentação e plano de saúde, mas agora estamos diante de um cenário de rescisões, sem quitação. É inaceitável”, afirmou.
Mello explicou que, em contratos firmados pela Petrobras, existe um percentual de retenção mensal (que pode variar de 1% a 5%) justamente para garantir o pagamento de direitos trabalhistas em situações de crise.
Essa estratégia já foi utilizada com sucesso no caso da empresa Provac, quando os trabalhadores receberam todos os valores devidos, sem necessidade de acionar a Justiça.
“Queremos que o mesmo procedimento adotado no caso da Provac se repita com a LCD. Nossa cobrança é para que a Petrobras libere esses valores retidos e garanta o pagamento imediato aos trabalhadores”, disse o dirigente.
A FNP e o Sindipetro Litoral Paulista atuam em conjunto com sindicatos co-irmãos, como o Sintracomos, de Cubatão, e seguirão acompanhando o caso de perto até a sua resolução.
“Reiteramos o nosso compromisso de lutar ao lado dos trabalhadores da LCD para garantir que seus direitos sejam respeitados”, reforçou Mello.
Fonte: FNP