A luta continua
Nesta quarta-feira (20), os sindipetros Litoral Paulista e do Rio de Janeiro e FNP organizaram e participaram de reunião com sindicatos da construção civil e montagem de Santos e de São José dos Campos, Campinas, Rio de Janeiro e Duque de Caxias com o EOR (que está gerenciando a crise) e representantes das relações sindicais da Petrobrás no Edisen, no Rio de Janeiro. O objetivo foi exigir uma ação imediata da empresa para garantir o pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores e trabalhadoras da LCD.
Os sindicatos pressionaram para que a Petrobrás utilize os valores de medições remanescentes e retenções contratuais — previstos na minuta contratual firmada com a empresa — para cobrir os pagamentos devidos aos ex-funcionários. Essa prática está de acordo com o decreto vigente e não representa qualquer ilegalidade. Portanto, o que está faltando é vontade política da gestão da Petrobrás para dar fim a esse verdadeiro atentado aos direitos trabalhistas.
A LCD, que prestava serviços de manutenção para a Petrobrás em diversas unidades do Sistema, inclusive na Refinaria Presidente Bernardes, em Cubatão, abandonou seus compromissos com os trabalhadores, deixando famílias inteiras à deriva, sem salários nem rescisão. A situação já se arrasta há semanas e causa indignação e sofrimento. Em pleno 2025, é inadmissível que trabalhadores precisem lutar para receber o que já é deles por direito.
A Petrobrás não pode lavar as mãos! Como contratante, é corresponsável por essa tragédia social. A LCD deve ser imediatamente banida de futuras licitações. Uma empresa que desrespeita leis trabalhistas, abandona contratos e precariza vidas não pode ter espaço em contratos com uma estatal.
Além disso, a gestão da Petrobrás precisa rever com urgência o seu processo licitatório. Nos últimos meses foram 17 "gatas" promovendo o caos no Sistema Petrobrás. Chega de contratar empresas apenas pelo menor preço! É essencial considerar o histórico trabalhista, a conduta e a responsabilidade social das empresas contratadas. O barato sai caro — e, como sempre, quem paga a conta são os trabalhadores e trabalhadoras.