Em mesa
Em reunião com a Petrobrás, realizada no dia 10/09, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e o Sindipetro Alagoas/Sergipe (AL/SE) defenderam prioridade para mão de obra local, contratos mais justos e total atenção à segurança na reativação da Fábrica de Fertilizantes de Sergipe
Na última quarta-feira (10/09), representantes da FNP e do Sindipetro AL/SE se reuniram presencialmente com a gestão da Petrobrás em Aracaju (SE) para discutir a retomada da operação da Fábrica de Fertilizantes de Sergipe (FAFEN/SE).
As entidades reforçaram três pontos principais:
Segurança das instalações e trabalhadores: como o modelo de operação e de manutenção via contrato será inédito no Sistema Petrobrás, a FNP alertou que todas as medidas de segurança devem ser rigorosamente observadas para proteger os empregados e a imagem da empresa.
Contratação de mão de obra local: a FNP defendeu que, no mínimo, 70% das vagas sejam destinadas a trabalhadores da região, de forma a garantir que a reabertura da planta realmente beneficie a comunidade local que tanto lutou para o retorno da companhia ao Nordeste.
Garantias contratuais e valorização profissional: foi cobrado que os contratos assegurem plano de saúde para os dependentes dos trabalhadores com cobertura na microrregião onde a fábrica está instalada, isonomia alimentar, salários compatíveis com as funções e a realidade de mercado regional, bem como garantias de pagamentos de salários e verbas rescisórias em casos de colapso contratual — os contratos precisam ser robustos a fim de evitar situações como ocorridas no caso LCD. “Se estamos comemorando a volta da Petrobrás ao Nordeste, que seja da forma correta, satisfazendo todas as expectativas da população que uma empresa como a Petrobrás pode realizar para essa importante região do Brasil”, destacou Fábio Mello, diretor da FNP.
Próximos passos da Petrobrás
A Petrobrás se comprometeu a realizar uma nova reunião para apresentar oficialmente o cronograma de retomada das atividades e divulgar as empresas terceirizadas que irão preparar a planta para o reinício das operações e assumir o contrato de operação e de manutenção.
A importância da FAFEN/SE
A Fábrica de Fertilizantes de Sergipe é considerada estratégica para o Nordeste. Sua retomada impacta diretamente a cadeia produtiva agrícola, o abastecimento de insumos e a geração de empregos na região.
Fechada em 2019, durante a gestão que promoveu a saída da Petrobrás do setor de fertilizantes, a unidade ficou marcada pelo desemprego de centenas de trabalhadores e pela perda de capacidade nacional de produção de ureia e amônia.
Desde então, sindicatos e movimentos sociais reivindicam a reativação da planta.
No mês passado, a Petrobrás apresentou um pré-cronograma de reativação, prevendo a retomada gradual a partir do segundo semestre de 2025.
Expectativa e vigilância sindical
Para a FNP e o Sindipetro AL/SE, a volta da FAFEN/SE é motivo de celebração, mas também exige vigilância. A reativação deverá ser feita de maneira transparente, garantindo empregos de qualidade, direitos preservados e segurança operacional.
A federação e o sindicato reforçam que continuarão acompanhando cada etapa desse processo e orientam a comunidade a acompanhar as informações sobre os próximos passos da retomada da Fafen em nossos canais de comunicação.
Fonte: FNP