Sindipetro-LP participa de ato nacional em defesa da democracia e contra retrocessos do Congresso

Na luta

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista esteve presente no ato nacional realizado neste domingo (21), que levou milhares de pessoas às ruas em defesa da democracia, dos direitos e contra os retrocessos em curso no Congresso Nacional.

A mobilização teve como principal alvo a chamada PEC da Blindagem – aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (16). A proposta, que também vem sendo chamada de PEC da Bandidagem, dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares ao estabelecer que qualquer ação penal dependa de autorização prévia da maioria absoluta do Senado ou da Câmara. Caso o Supremo Tribunal Federal (STF) envie um pedido de investigação, o Congresso terá até 90 dias para decidir se permitirá ou não o prosseguimento do processo.

Além disso, os manifestantes repudiaram a proposta de anistia para os condenados pela tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, já condenado pelo STF a 27 anos de prisão por crimes como organização criminosa e atentado contra a democracia.

Convocadas pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligadas a partidos como PSOL e PT, além de diversos movimentos populares, as manifestações reuniram sindicatos, estudantes, artistas e organizações sociais. Ao todo, ocorreram atos em 33 cidades, incluindo todas as capitais brasileiras.

Na Baixada Santista a mobilização, convocada pela Frente Sindical Classista, aconteceu na Estação da Cidadania, em Santos, reunindo petroleiros, estudantes, movimentos sociais, e sindicatos da região. O ato deixou claro que somente a pressão popular nas ruas pode barrar o avanço da extrema-direita e do centrão, recolocando as pautas da classe trabalhadora no centro do debate político.

É fundamental que a categoria e a população da região registrem o posicionamento de seus representantes: o deputado Da Cunha e a deputada Rosana Valle votaram a favor da PEC da Bandidagem — um fato que não pode ser esquecido nas próximas eleições.

Além disso, é essencial que, nas próximas mobilizações, haja participação massiva dos petroleiros da ativa, aposentados e pensionistas. Estamos à véspera de uma disputa eleitoral, um momento político extremamente delicado, que impacta diretamente no futuro da Petrobrás. Se Tarcísio, possível candidato à Presidência da República, ou qualquer outro governante entreguista chegar ao Planalto, a empresa corre sério risco de ser sumariamente privatizada e dilapidada — a exemplo do que ocorreu com a Sabesp em São Paulo e com outras estatais a nível nacional.

Os diretores Adardson Costa, Fabio Mello, Fabio Canté e Fábio Santos estiveram presentes na organização do ato. Como sempre, o Sindipetro-LP colocou sua estrutura a serviço das grandes lutas, não apenas em defesa da categoria, mas também da classe trabalhadora e da soberania do país.

Para a categoria petroleira, a luta em defesa da democracia é inseparável da luta pelos direitos da classe trabalhadora: nas ruas, com unidade e mobilização, é possível barrar retrocessos e abrir caminho para um Brasil mais justo.