Petroleiros em Luta
FNP convoca categoria a participar das assembleias para rejeitar a segunda proposta da Petrobras e preparar um calendário nacional unificado de luta
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) convoca toda a categoria a intensificar a mobilização e construir uma greve nacional já no início de novembro, diante da segunda proposta apresentada pela Petrobras para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025-2026.
A direção da FNP alerta que é preciso agir antes que a empresa conduza a categoria ao velho teatro de cartas marcadas do RH, empurrando as negociações para o fim do ano, com propostas rebaixadas, sem avanços reais.
“Precisamos dar uma resposta contundente para dobrar a espinha da Petrobras nessa negociação e não esperar quarta, quinta e sexta proposta”, destaca Eduardo Henrique, secretário-geral da FNP.
Rejeição da proposta e ultimato à empresa
As bases da FNP realizam assembleias entre os dias 22 de outubro e 5 de novembro, com orientação de rejeição massiva da proposta da Petrobras, um acinte repleto de ataques aos direitos históricos dos petroleiros.
A Federação Nacional dos Petroleiros denuncia que o atual texto do ACT mantém desigualdades, não enfrenta injustiças (como as dos PEDs na Petros) e ainda ameaça conquistas da categoria.
Ademais, o prazo já está se esticando, o ano se aproxima do fim e a empresa continua parada na segunda proposta, sem atender às pautas apresentadas pelos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobras em 22 de julho.
“Temos um grande desafio de reparar todas as injustiças, inclusive a questão dos PEDs na Petros, mas não vamos aceitar ataques ao nosso ACT. O prazo está se esgotando. Precisamos dar um ultimato à empresa para que retire essa proposta que contém vários ataques à categoria”, complementa Eduardo Henrique
Caravanas e mobilizações em todas as bases
Como parte da preparação para a greve, a FNP lançará caravanas de mobilização com a presença de toda a sua diretoria.
As atividades ocorrerão nos aeroportos e pontos de embarque onshore e offshore, dialogando diretamente com os trabalhadores em regime confinado sobre as pautas e os ataques contidos na proposta da empresa.
As caravanas estarão concentradas principalmente em Jacarepaguá (RJ), Búzios (RJ) e Urucu (AM), com mobilizações previstas entre terça e quinta-feira da próxima semana.
Calendário nacional de lutas por setor
A FNP também definirá, nos próximos dias, um calendário nacional de luta por setor, com o objetivo de ampliar a mobilização em todo o Sistema Petrobras.
Estão previstos:
- Um dia nacional de mobilização dos empregados do setor administrativo;
- Um dia nacional de luta nos terminais da Transpetro e subsidiárias;
- Um dia nacional de luta para os demais setores operacionais (refino, E&P, etc.);
- Um ato nacional dos aposentados, já agendado para 29 de outubro, pelo fim dos PEDs na Petros e reparação histórica.
O ato dos aposentados é convocado pelo Fórum em Defesa dos Participantes da Petros, que é composto pela FNP, FUP, AMBEP, CONTTMAF e FENASPE. Ele será descentralizado e ocorrerá simultaneamente em frente aos prédios administrativos da Petrobras — Edisen (Rio de Janeiro/RJ)), Edisa Valongo (Santos/SP), Edivit (Vitória/ES), Torre Pituba (Salvador/BA), Ediser (Aracaju/SE) e Ediman (Manaus/AM) — e deve marcar uma grande demonstração de força e unidade da categoria.
Unidade na luta com a FUP e estado de greve permanente
A FNP vai entrar em contato com a direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP) para articular e construir conjuntamente o calendário de mobilizações, em busca de uma ação nacional unificada pelo ACT 2025-2026.
O objetivo imediato é destravar as negociações e garantir que a empresa atenda às reivindicações da categoria no novo acordo coletivo.
A Federação Nacional dos Petroleiros reforça que os petroleiros permanecem em estado de greve e assembleia permanente, prontos para iniciar uma greve nacional, caso a Petrobras insista em desrespeitar os trabalhadores.
“Não há mais espaço para enrolação. É hora de dar uma resposta firme, mobilizar as bases e mostrar que a categoria está unida para avançar”, destaca o secretário-geral da FNP, Eduardo Henrique.
AGORA É HORA DE AVANÇAR! NÃO À SEGUNDA PROPOSTA DA PETROBRAS! POR RESPEITO AOS TRABALHADORES QUE CONSTROEM ESSA EMPRESA E POR UM ACT SEM ATAQUES! SE A DIREÇÃO DA PETROBRàS TENTAR ENROLAR MAIS UMA VEZ A CATEGORIA, VAMOS COMEÇAR AS GREVES EM NOSSAS BASES!
Fonte: FNP
