Mais um ataque
A crise aérea que vem afetando o transporte dos petroleiros e petroleiras das unidades offshore da Petrobrás atingiu um novo patamar de desrespeito. Nas plataformas abrangidas pelo Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, trabalhadores relatam que a empresa tem restringido a realização de horas extras sem ampliar o efetivo necessário para garantir o funcionamento seguro das operações. O resultado é um quadro de sobrecarga, desorganização e insegurança, agravado pela falta de planejamento nos voos de embarque e desembarque.
O que revolta ainda mais a categoria é a conduta das chamadas “lideranças” — Geplats, Coprods e Fiscais — que, segundo denúncias, vêm se beneficiando do caos para garantir seus próprios desembarques sem prejuízo. Enquanto operadores e técnicos ficam retidos ou perdem voos transferidos, essas chefias se “encaixam” nos voos disponíveis, deixando os demais trabalhadores à própria sorte e acumulando perdas financeiras e cansaço extremo.
Houve casos de gestores que tiveram seus desembarques adiantados, enquanto trabalhadores que atuam longe de casa, especialmente do Nordeste, precisaram correr atrás de novas passagens por conta própria.
A prática evidencia um total desprezo pela igualdade de condições entre os empregados e escancara a ausência de uma política justa e transparente por parte da gestão da UN-BS e da direção da Petrobrás.
O Sindipetro-LP exige solução imediata para a desorganização aérea, reposição de efetivo e fim dos privilégios. Enquanto o chão de fábrica é penalizado, os chefetes abandonam o barco e garantem seus próprios benefícios. Isso é inaceitável e surreal. A gestão da Petrobrás precisa retomar o respeito, reorganizar o transporte e tratar todos os trabalhadores com equidade.
Ação individual
Os atrasos e transferências de voos na Petrobrás têm se tornado cada vez mais frequentes, gerando transtornos e prejuízos aos trabalhadores.
Se você foi lesado, pode ajuizar uma ação individual por meio do Jurídico do Sindipetro-LP.Para isso, é necessário enviar toda a documentação que comprove o atraso e os gastos com as passagens além dos CPF e RG.
Os associados e associadas do Sindipetro-LP podem enviar a documentação para o e-mail juridico@sindipetrosantos.com.br, e os não sócios devem encaminhar para coelhoadvogados@coelhoadvogados.com. Em ambos os casos, o assunto do e-mail deve ser “Atraso de voos”, acompanhado do nome da unidade offshore onde o trabalhador está lotado.
Em caso de dúvidas, os contatos do escritório são: (13) 2102-3200
Trabalhista: (13) 99602-5133 – trabalhista@coelhoadvogados.adv.br
Atendimento: (13) 95605-0370 – atendimento@coelhoadvogados.adv.br
O contato com o Departamento Jurídico do Sindicato pode ser feito através do telefone (13) 3202-1101 ou pelo WhatsApp no número (13) 99141-0883. O horário de atendimento é de segunda a quinta-feira, das 8h às 12h e das 14h às 18h, e na sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h.
O caos aéreo que vem afetando o transporte dos trabalhadores offshore representa mais um ataque da atual gestão da Petrobrás contra a categoria. O Sindipetro-LP reforça que essa pauta está sendo tratada com firmeza nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), e novas mobilizações serão realizadas nas plataformas, conforme já acordado entre a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP). É fundamental que os trabalhadores e trabalhadoras offshore se mantenham mobilizados e denunciem qualquer tipo de irregularidade cometida pela empresa.
