Por ampla maioria!
A categoria petroleira do Litoral Paulista mostrou mais uma vez que segue firme na sua tradição de lutas. No início da assembleia, os trabalhadores e trabalhadoras prestaram uma homenagem ao companheiro Manoel Francisco dos Santos, falecido no dia 29, um dos mais antigos sócios do Sindipetro-LP e associado número 3 do sindicato — um exemplo de dedicação e compromisso com a categoria.
Nas assembleias realizadas ao longo da semana nas áreas operacionais, unidades offshore, além da sede e subsede do Sindicato — encerradas na noite desta quinta-feira (30) —, a resposta da categoria foi contundente: 462 votos pela rejeição da segunda proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), contra apenas 2 favoráveis e 3 abstenções. A deliberação também aprovou, por ampla maioria, a intensificação das paralisações nas bases para construção da greve, com 444 votos favoráveis, 6 contrários e 17 abstenções, totalizando 467 votantes — um claro recado à direção da Petrobrás.
A nova proposta apresentada pela gestão da Petrobrás é uma verdadeira afronta às necessidades dos trabalhadores e trabalhadoras. A pauta da categoria, entregue ainda em julho, reivindica ganho real de 4,67%, melhorias nos direitos sociais, na saúde, igualdade de gênero e avanços no Plano de Cargos e Salários (PCS). O documento também reforça a defesa dos aposentados, aposentadas e pensionistas, que acumulam perdas históricas em relação à ativa, além de cobrar da empresa medidas para corrigir distorções e injustiças — inclusive no debate sobre a Petros.
A Petrobrás tenta manipular o discurso do lucro, do fluxo de caixa e da dívida como justificativa para negar avanços no ACT — mas os números da própria empresa e o “bolso cheio” dos acionistas provam o contrário.
Agora, o momento é de ir para o embate em defesa do que é nosso por direito e, principalmente, de resistir aos reiterados ataques da gestão de Magda Chambriard, que vem massacrando os trabalhadores e trabalhadoras offshore, inclusive realocando pessoas do regime de forma arbitrária e desrespeitosa.
As direções sindicais já preparam paralisações intensificadas nas bases, em conjunto com outros Sindipetros de todo o país. A categoria deve estar preparada para apertar o parafuso e fazer mais força para dobrar a empresa. As ações serão estratégicas: os sindicatos irão chegar às bases e paralisá-las temporariamente, mas os locais e datas não serão divulgados antecipadamente, garantindo que as mobilizações sejam mais efetivas e surpreendentes.
Basta de enrolação! A categoria exige respeito, valorização e um acordo digno, à altura da importância dos petroleiros e petroleiras para o país.
