de 27 a 31 de Outubro
A última semana de outubro foi marcada por uma intensa agenda de mobilização e luta conduzida pela diretoria do Sindipetro-LP. Entre assembleias, atos e reuniões, os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista reafirmaram sua tradição de resistência, rejeitando de forma massiva a segunda proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pela Petrobrás e aprovando a intensificação das paralisações rumo à construção de uma greve nacional.
Na segunda-feira (27), as atividades começaram logo nas primeiras horas do dia, com votação da CIPA na RPBC e assembleia na Alemoa (G4), onde a categoria rejeitou a proposta da empresa. A direção reforçou que a gestão Magda Chambriard repete a cartilha de arrocho e desprezo pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, priorizando o mercado financeiro e ignorando completamente a pauta construída coletivamente. Durante a manhã, também ocorreu a 6ª Reunião Ordinária da CIPA da UTE-Cubatão, além da participação no ato dos servidores públicos de Caraguatatuba e da reunião quinzenal da diretoria.
Na terça-feira (28), as assembleias seguiram em ritmo forte, com deliberações nas unidades da RPBC (G5), UTGCA (G2) e Pilões (G4). Em todas elas, a resposta foi clara: rejeição à proposta da Petrobrás e aprovação das paralisações. A categoria mostrou que está disposta a lutar por um ACT que valorize quem constrói os resultados da empresa. O dia também contou com a reunião nacional da FNP, uma agenda com o grupo palestino Palestine Institute of Public Diplomacy e participação na Plenária Ordinária do Conselho Municipal de Saúde de Santos.
A quarta-feira (29) foi marcada por mais assembleias — em Pilões (G5), RPBC (G1) e Alemoa (G5) — e pela continuidade da votação da CIPA. O destaque do dia foi o Ato Nacional em Defesa dos Participantes da Petros, realizado em frente ao Edisa Valongo, em Santos, reunindo aposentados, pensionistas e a ativa em uma grande demonstração de unidade. O protesto foi organizado pelo Fórum em Defesa dos Participantes da Petros, com participação da FNP, FUP, Unificado-SP (SP, Mauá e Campinas), SJC, Cepe 2004, Fenaspe e Ambep. A manifestação cobrou uma solução definitiva para os equacionamentos e denunciou o desrespeito da Petrobrás às reivindicações da categoria. No mesmo dia, também ocorreram a reunião mensal de aposentados e pensionistas, o grupo de Terapia Ocupacional da Unifesp e reunião da FNP e sindicato com a empresa sobre o acordo da PLR 2019.
Na quinta-feira (30), as assembleias chegaram à reta final com votações na UTGCA (G3), no Tebar (G1) e nas sedes de Santos e São Sebastião, onde também ocorreram as plenárias de previsão orçamentária de 2026 e da ABCP. À noite, as assembleias simultâneas consolidaram a posição da base: foram 462 votos pela rejeição da proposta e 444 votos pela intensificação das paralisações. *As assembleias nas plataformas, realizadas com os trabalhadores já embarcados, também foram unânimes em rejeitar a segunda proposta.* A categoria deixou claro que não aceitará retrocessos e que as paralisações serão estratégicas e coordenadas com outros Sindipetros, mantendo sigilo sobre locais e datas para garantir ações mais eficazes e surpreendentes.
A sexta-feira (31) foi dedicada a reuniões internas, entre elas a do Jurídico, do departamento de Saúde, de ambiência e dos diretores liberados, voltadas à organização das próximas etapas da mobilização. *Às 18h, o Sindicato se soma à Marcha contra a chacina que o Estado do Rio de Janeiro promoveu no dia 28/10, com concentração na Estação da Cidadania, em Santos.*
Com uma semana de intensa atividade, o Sindipetro-LP encerra outubro reafirmando sua tradição de luta e resistência. A categoria mostrou mais uma vez que está unida, mobilizada e preparada para enfrentar qualquer tentativa de retrocesso. Respeito, valorização e um acordo digno — é o que exigem os petroleiros e petroleiras do Litoral Paulista.
