22 de novembro
O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista promoverá, no dia 22 de novembro (sábado), um importante seminário de análise e reflexão sobre as greves petroleiras de 1995 e 2015, marcos fundamentais na história de luta da categoria. O evento contará com a presença de lutadores históricos do movimento sindical petroleiro e de representantes do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (IBEPS).
As inscrições já estão abertas e podem ser feitas diretamente na recepção do Sindicato, pelo telefone (13) 3202-1102 ou pelo WhatsApp (13) 99731-7804.Em função da reforma do teto do auditório, ainda não há certeza sobre o local do evento, mas a previsão é de que ele ocorra na sede, em Santos.
O seminário, intitulado “Análise sobre a luta e consequências das históricas greves de 1995 e 2015 dentro do Sistema Petrobrás”, tem como objetivo resgatar a memória desses movimentos de resistência e refletir sobre seus impactos políticos, sociais e sindicais, conectando as lições do passado aos desafios da negociação coletiva atual.
A greve de 1995, que completou 30 anos em maio, foi deflagrada em 3 de maio daquele ano, motivada pelo descumprimento de acordos firmados com a categoria em 1994, ainda durante o governo Itamar Franco. Sob a gestão de Fernando Henrique Cardoso (FHC), os petroleiros enfrentavam perdas salariais acumuladas, a ameaça de privatização da Petrobrás e a quebra do monopólio estatal do petróleo — parte de um projeto neoliberal que atacava direitos e conquistas históricas da classe trabalhadora. Durante 32 dias de resistência, refinarias foram ocupadas, o Exército foi mobilizado para reprimir grevistas e a Justiça impôs multas milionárias aos sindicatos. Embora o fim da greve nacional tenha ocorrido em 4 de junho, os trabalhadores da Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), em Cubatão, foram os últimos a deixar o movimento, apenas no dia 5 de junho, reafirmando a tradição combativa do Litoral Paulista.
O encontro também celebrará os 10 anos da greve de 2015, outro marco de resistência da categoria. A paralisação, que durou 23 dias nas bases da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), destacou-se pela forte adesão — com a participação de coordenadores, supervisores e novos quadros da categoria — e pela capacidade de impactar diretamente a produção nacional. Mesmo em meio a uma conjuntura de crise econômica e política, a mobilização foi vitoriosa, pois impediu retrocessos no Acordo Coletivo de Trabalho e recolocou o debate sobre uma Petrobrás 100% estatal no centro das discussões nacionais.
O Sindipetro-LP convida toda a categoria petroleira e demais trabalhadores da região a participarem deste momento de aprendizado, memória e celebração da luta coletiva.
Programação
8h30 – Café da manhã
9h – Abertura oficial
Mesa 1 (9h30 – 11h30): Histórico e análise de conjuntura da grande greve petroleira de 1995
Intervalo para almoço (por conta de cada participante)
Mesa 2 (13h30 – 15h30): Histórico e análise de conjuntura da grande greve petroleira de 2015 e suas consequências no nosso contexto atual
Intervalo (15h30 – 16h): Coffee Break
Mesa 3 (16h – 17h): Avaliação e perspectivas da negociação coletiva atual com a Petrobrás
Encerramento (17h – 17h30)
