Voltado aos trabalhadores offshore
Na terça-feira (4), dirigentes das federações FNP e FUP, representando os sindicatos do Litoral Paulista, Rio de Janeiro, Norte Fluminense, Espírito Santo e Amazônia, realizaram uma live conjunta para analisar o cenário de ataques da gestão da Petrobrás aos direitos da categoria e discutir uma resposta unificada dos trabalhadores e trabalhadoras, com a possibilidade de greve nacional caso a empresa não recue das medidas arbitrárias.
Falando em nome do Sindipetro-LP, Fábio Mello destacou que os sindicatos estão irmanados na luta contra os desimplantes, a redução de salários e o arrocho imposto pela empresa. Ele lembrou que, mesmo com alguns avanços após o fim do governo Bolsonaro, ainda há pautas históricas não atendidas, como a reposição salarial de 2019 e 2020, o fim do banco de horas, o retorno do Programa Jovem Universitário e a criação de um vale-alimentação para todos os trabalhadores — incluindo offshore e industriais.
Mello também criticou o descumprimento da Lei 5.811/72, que garante transporte gratuito aos trabalhadores embarcados, e cobrou que a Petrobrás pare de penalizar quem sustenta sua produção. “A atual gestão quer agradar o mercado e manter dividendos astronômicos, mas quem faz essa companhia gigante são os trabalhadores”, afirmou, conclamando a categoria a se engajar nas mobilizações e greves que se aproximam.
Os representantes das entidades reforçaram que a proposta de ACT apresentada pela empresa é rebaixada e repleta de ataques, prevendo retirada de direitos, desimplantes, aumento arbitrário de jornadas e exclusão de técnicos de enfermagem das plataformas. Também alertaram para o PIDV implantado sem diálogo e a necessidade de recomposição de efetivo com novos concursos, destacando que a redução de efetivo e o corte de gastos sempre refletem em maior risco de acidentes e danos ambientais.
A live foi encerrada com um chamado à unidade e à mobilização da categoria:
“A palavra de ordem agora é união, unificação e solidariedade. Se querem disputa, terão nossa resposta nas bases e nas ruas. Vamos preparar a categoria para uma grande greve nacional.”
Veja a live na íntegra e entenda o que está em jogo para os petroleiros e petroleiras de todo o país:
