Sindipetro Litoral Paulista participa de workshop do MME sobre o Plano Nacional de Transição Energética

Em Brasília

Cumprindo agenda em Brasília, os diretores Fábio Mello e Fábio Santos, representando o Sindipetro-LP e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), participaram nesta terça-feira (11) do workshop “PLANTE: Caminho da Transição Energética”, promovido pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em parceria com o FGV Clima e com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS).

O encontro aconteceu na Fundação Getúlio Vargas (FGV), na Asa Norte, e reuniu representantes do governo, da sociedade civil e do setor produtivo que integram o Fórum Nacional de Transição Energética Justa (FONTE). O objetivo foi construir coletivamente o Plano Nacional de Transição Energética (PLANTE), fortalecendo uma visão de futuro que combine segurança e resiliência energética, descarbonização do setor e justiça social. 

O evento dialoga diretamente com a pauta defendida pela FNP, que vem debatendo a transição energética como eixo estratégico de soberania nacional e valorização da Petrobrás. No Congresso Nacional da FNP, realizado em junho, o tema esteve em destaque no painel “Transição Energética e Novas Fronteiras”, que abordou os desafios e oportunidades do setor com foco no papel da estatal, na energia limpa e no desenvolvimento regional.

Na ocasião, o pesquisador Gustavo Machado (ILAESE) destacou a necessidade de ampliar o investimento da Petrobrás em Pesquisa e Desenvolvimento, enquanto o diretor do Sindipetro AL/SE, Thiago Ítalo, defendeu a retomada das atividades da companhia no Nordeste e a qualificação da mão de obra local. Já o economista Eric Gil Dantas (IBEPS) reforçou a importância da Petrobrás Biocombustível (PBIO) e dos investimentos em energias eólica e solar, ressaltando que a transição energética deve ocorrer com protagonismo público e compromisso social.

Essas discussões integram o mesmo campo de atuação da FNP, que tem defendido a construção de uma política nacional de transição energética justa — com planejamento, soberania e participação popular — e o papel central da Petrobrás nesse processo.

O debate em Brasília reforçou que a transição energética não deve se restringir à mudança de matriz, mas sim considerar os impactos sociais, a preservação de empregos e a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras que hoje sustentam o sistema energético brasileiro. Também foi destacada a importância de assegurar que o processo ocorra de forma planejada, com transparência e responsabilidade pública, equilibrando a urgência da descarbonização com a necessidade de proteger o futuro das comunidades e categorias envolvidas.

O MME estruturou o debate em três eixos centrais: pobreza e justiça energética, com foco em populações vulneráveis; segurança e resiliência energética, diante dos desafios climáticos e estruturais; e descarbonização do setor, integrando fontes renováveis e políticas de eficiência.

Na edição de Brasília, os diretores Fábio Mello e Fábio Santos destacaram que encontros e ações como o PLANTE devem ser melhor divulgados, inclusive para que a sociedade compreenda a real dimensão do tema. Apesar de o Brasil já possuir uma matriz energética considerada limpa, isso não é suficiente — o que, por outro lado, nos dá um gabarito ainda maior para enfrentar esse desafio. Os dirigentes ressaltaram que é essencial que toda a sociedade desenvolva um sentimento de pertencimento em relação a esse processo, reconhecendo a importância da transição e garantindo que os trabalhadores e trabalhadoras estejam qualificados para atuar nos novos empreendimentos que surgirão.

Os diretores presentes no evento reforçam a compreensão de que os trabalhadores do setor petróleo também fazem parte dessa transição, e que o processo deve ocorrer com diálogo e políticas públicas de proteção social e profissional.

Os próximos encontros do PLANTE darão continuidade à construção do Plano Nacional de Transição Energética, que será apresentado pelo MME como instrumento orientador das políticas de descarbonização, segurança e justiça energética do país.