Paralisação no Terminal de Pilões, em Cubatão, reforça insatisfação da categoria com mesa de negociações

ACT

A manhã desta quarta-feira (19) foi marcada por uma paralisação no Terminal de Pilões, em Cubatão, onde petroleiros e petroleiras interromperam as atividades em mais um dia de protesto nacional. A paralisação reuniu empregados próprios e terceirizados, ampliando a pressão por avanços nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

A ação integra uma série de paralisações que vêm sendo realizadas nas unidades do Sistema Petrobrás em todo o país. O movimento reforça a cobrança por um ACT que reconheça, de forma justa, o papel essencial da categoria na produção energética do Brasil.

Trabalhadores e trabalhadoras da ativa, aposentados e pensionistas seguem sendo negligenciados na mesa de negociação. A política de arrocho implementada pela presidente Magda Chambriard penaliza quem produz e garante que a Petrobrás registre R$ 90 bilhões de lucro e distribua R$ 30 bilhões em dividendos — somente em 2025.

O suor da categoria não pode continuar servindo para enriquecer o mercado financeiro. É inadmissível que uma política que inverte prioridades — a famosa “Robin Hood às avessas” — se perpetue em uma das maiores empresas de energia do mundo.

As paralisações devem continuar até que a direção da Petrobrás apresente uma proposta de ACT que contemple a pauta entregue pela categoria em julho. A paciência chegou ao limite, e a categoria está pronta para intensificar a luta, inclusive com a deflagração de uma greve, assim como as históricas mobilizações que consolidaram os petroleiros como referência nacional na organização sindical.

Na próxima semana, o Sindipetro-LP e os demais sindicatos que compõem a FNP participarão de duas novas rodadas de negociação com a Petrobrás: a primeira no dia 24 de novembro, às 16h, e a segunda no dia 27 de novembro, no período da manhã, com horário ainda a ser definido.

Em pleno 2025, é inaceitável que, diante de resultados tão expressivos, o alto escalão da Petrobrás continue priorizando a remuneração do capital enquanto impõe retrocessos e ameaça direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores e trabalhadoras.