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Petroleiros e petroleiras de todo o Brasil iniciaram, na quinta-feira (11), uma vigília por tempo indeterminado em frente ao Edifício Senado (Edisen), no Centro do Rio de Janeiro, sede administrativa da Petrobrás. A mobilização ocorre em um momento decisivo da luta da categoria, às vésperas da greve nacional marcada para segunda-feira (15), e tem um objetivo claro: cobrar da empresa a formalização, de uma vez por todas, da proposta de solução para os Planos de Equacionamento dos Déficits da Petros (PEDs), conforme negociado na Comissão Quadripartite.
O primeiro dia de vigília já apresentou resultados concretos. Nesta sexta-feira (12), às 11 horas, está marcada uma reunião para debater o termo de compromisso que a Petrobrás precisa assinar, assumindo formalmente a apresentação de uma proposta. Na quinta-feira, em Brasília, houve um avanço importante: a Previc se comprometeu a assinar o relatório da Comissão Quadripartite, algo que até então não havia ocorrido. Trata-se de um passo que não avançava há meses e que só foi possível com a manutenção da mobilização da categoria.
A vigília teve início em meio a tentativas de intimidação. Na manhã de quinta-feira, a Petrobrás cercou o Edisen com barreiras para impedir o acesso de aposentados e aposentadas ao calçadão do prédio e, inicialmente, tentou impedir inclusive o uso dos banheiros das dependências. Houve empurra-empurra e constrangimentos contra quem dedicou a vida à construção da empresa. Ainda assim, a categoria permaneceu no local e deu início à vigília.
O Sindipetro-LP chama petroleiros e petroleiras de todo o Brasil a se somarem à mobilização, que segue sem prazo para terminar e será mantida por meio de revezamento, como já ocorreu em setembro do ano passado. O chamado é dirigido, especialmente, aos aposentados, aposentadas e pensionistas do Litoral Paulista, para compor esse revezamento. O Sindicato garantirá alimentação, hospedagem e transporte exclusivamente para seus associados e respectivos dependentes que participarem por dois dias ou mais. O deslocamento será contínuo, conforme a adesão dos inscritos, justamente para assegurar a permanência da vigília e fortalecer a pressão até a conquista da proposta. As inscrições podem ser feitas pelo WhatsApp (13) 99770-2043 ou pelo telefone (13) 3202-1100.
O chamado se estende também aos trabalhadores e trabalhadoras da ativa, que reconhecem que defender quem veio antes é defender o futuro de todos. Toda presença conta — seja durante o dia, por alguns dias ou ao longo de toda a semana. A mobilização conta ainda com a presença de companheiros da FNP e da FUP, e a expectativa é ampliar essa participação nos próximos dias.
A vigília no Edisen reafirma o protagonismo da categoria petroleira e da organização sindical na defesa da Petros, da Petrobrás pública e da dignidade de quem construiu essa empresa. A solução definitiva só virá com mobilização e presença permanente.