ACT em pauta
A greve dos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás segue firme no Litoral Paulista, entrando no quinto dia de paralisação nacional. Em Pilões, o dia foi marcado por um trancaço que manteve a paralisação forte na base e resultou também na paralisação de trabalhadores contratados, ampliando o impacto da mobilização. O Durante a atividade, o diretor Fabio Mello falou sobre as perdas acumuladas por trabalhadores próprios e contratados entre 2016 e 2023, incluindo reajustes salariais abaixo da inflação, reajuste zero durante a pandemia, retirada de direitos históricos, fim de benefícios como o Programa Jovem Universitário, problemas no plano de cargos e salários, pendências no banco de horas e a falta de garantias aos trabalhadores contratados, como o plano de saúde para dependentes e a recorrência de calotes. Compromissos assumidos pela Petrobrás e pela Transpetro em acordos anteriores foram empurrados para 2025 e seguem sem solução, reforçando os motivos que sustentam a greve
Na RPBC, logo cedo, os trabalhadores e trabalhadoras dos grupos da operação que aderiram à greve, com destaque para o Grupo 1, estiveram em frente à refinaria. Foi montado um piquete voltado ao diálogo e ao convencimento dos trabalhadores do administrativo, o que resultou em novas adesões. Ao longo do dia, foi realizada uma plenária na barraca, com repasse de informes à categoria, e o piquete foi mantido até o final do expediente. A greve segue ocorrendo normalmente na unidade. O sindicato condicionou qualquer discussão à liberação de toda a equipe da empresa e à negociação de redução da produção. Diante da negativa da gestão, a reunião foi encerrada sem acordo.
Na UTGCA, a greve seguiu normalmente no quinto dia, com os operadores presentes no piquete e realizando trabalho de convencimento junto aos trabalhadores do administrativo. O cenário segue com adesão quase total da operação e adesão parcial do administrativo, mantendo a mobilização ativa na base.
No TEBAR, a categoria segue mobilizada, com adesão total do quadro operacional e adesão parcial do quadro administrativo. A avaliação coletiva é de que a mobilização permanece forte e que a greve deve continuar até a conquista das pautas apresentadas. Pela manhã, foi realizada uma mesa de debate com o Movimento de Mulheres Olga Benário, que abordou o assédio moral e sexual vivido pelas mulheres no Sistema Petrobrás, apontando caminhos de enfrentamento e combate a essas violências. Ao longo do dia, também foram repassados informes sobre o andamento das negociações, reforçando a ausência de proposta por parte da empresa.
Na Alemoa, a diretoria esteve presente junto aos operadores no piquete. Houve diálogo direto com os trabalhadores e trabalhadoras, tentativa de ampliação da adesão no administrativo e a realização de uma plenária, onde foram compartilhadas informações sobre o cenário da negociação e a perspectiva de continuidade da greve.
No Edisen, o piquete foi montado desde cedo. A atividade contou com a presença de diversos diretores e teve como foco o convencimento dos trabalhadores do administrativo e dos grupos de apoio, além do diálogo com a base ligada às plataformas do pré-sal, já que o Edisen é a central dessas operações.
No offshore, a mobilização começou ainda de madrugada no aeroporto, com intenso trabalho de diálogo e convencimento junto aos trabalhadores e trabalhadoras das plataformas P-66, P-67, P-68, P-69, P-70, P-71 e Mexilhão, com apoio fundamental dos companheiros que haviam desembarcado nos dias anteriores. Mesmo diante da tentativa da empresa de realizar embarques pelos hangares das companhias aéreas, dificultando a abordagem, o movimento seguiu atuante, inclusive com intervenções que resultaram na retirada de trabalhadores da fila de embarque.
Na P-68, houve incêndio no compressor de ar, com parada dos poços, e a unidade opera com apenas um turbogerador, exclusivamente para garantir a habitabilidade. Na P-71, a gestão tenta recompor equipe realizando contatos com trabalhadores das plataformas P-80, P-82 e P-83, evidenciando a fragilidade da operação durante a greve.
A greve segue firme, forte e organizada em todas as bases do Litoral Paulista. Para o sábado e o domingo, já está definida uma programação de piquetes com a diretoria em todas as bases, enquanto os trabalhadores e trabalhadoras aguardam que a Petrobrás apresente uma proposta digna, capaz de abrir caminho para a negociação e o encerramento do movimento.
