Nota
O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista recebeu a informação de que a presidenta da Petrobrás, Magda Chambriard, encontra-se em período de férias. Enquanto a principal dirigente da empresa se ausenta, plataformas entram em situação crítica: unidades pegam fogo, produções são interrompidas e decisões irresponsáveis colocam em risco trabalhadores, instalações, equipamentos e o meio ambiente. Mais uma vez, são os chamados “pelegos” e grupos improvisados que acabam expostos, assumindo riscos que não deveriam existir, enquanto a alta gestão permanece distante da realidade operacional — uma postura que, além de tudo, gera prejuízos milionários à própria empresa.
O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista recebeu a informação de que houve um incêndio no compressor de ar da plataforma P-68, o que pode ter provocado a interrupção da produção e levado à paralisação de todos os poços da unidade. Trata-se de uma situação grave, que evidencia, mais uma vez, os riscos de se entregar unidades operacionais a trabalhadores sem a devida capacitação e a grupos de contingência que não foram discutidos nem escolhidos em conjunto com o Sindipetro-LP. Considerando uma produção estimada de cerca de 5.833 barris por hora, a um valor médio de US$ 60 por barril, a empresa deixa de produzir quase R$ 2 milhões por hora de paralisação.
A insistência da Petrobrás em adotar medidas unilaterais, ignorando a experiência da categoria e os protocolos construídos historicamente com a representação sindical, coloca em risco a segurança das instalações, dos trabalhadores e da própria produção. Em um cenário de paralisação prolongada, como cinco dias sem produção, o prejuízo pode chegar à ordem de R$ 240 milhões, valor suficiente para custear, por exemplo, um vale-alimentação mensal de R$ 1.000 para 20 mil trabalhadores durante um ano inteiro.
Na P-71, o cenário também é preocupante. Coordenadores de manutenção têm solicitado trabalhadores recém-admitidos pela empresa — muitos ainda lotados em unidades em construção e em processo de formação — para compor equipes operacionais em planta, sem a experiência necessária para atuar com segurança em unidades que já estão operando.
Esse tipo de prática, caso seja mantida, pode também acarretar acidentes em outras plataformas, evidenciando uma política de improvisação que desconsidera critérios técnicos, a experiência operacional e a participação do Sindicato na definição das equipes de contingência, colocando em risco vidas, o meio ambiente e causando danos financeiros expressivos à Petrobrás.
Somos o maior valor desta empresa, lutamos pelo que é justo!
