4º dia
Técnicos de segurança do offshore reforçam a paralisação nacional. Gestão tenta negociar contingência, mas recua diante da firmeza sindical no Litoral Paulista. Trabalhadores do Centro de Operações Integradas do Amazonas também aderem à greve. Nesta sexta-feira (19/12), petroleiros e trabalhadores dos Correios se unem em ato no Centro do Rio de Janeiro.
Nesta quinta-feira (18/12), o quarto dia da Greve Nacional dos Petroleiros e Petroleiras do Sistema Petrobras confirmou que o movimento atingiu o “coração” da empresa.
A adesão massiva no offshore, a entrada de setores estratégicos como os técnicos de segurança do trabalho (TSTs) e os empregados do COI/Amazonas, e a paralisação conjunta com terceirizados nos terminais do Litoral Paulista demonstram que a categoria não vai recuar.
Assustada com a força do movimento, a gestão buscou negociações de contingência, mas esbarrou na firmeza dos sindicatos.
Confira o balanço deste dia de avanço:
SINDIPETRO RIO DE JANEIRO (RJ)
Plataformas vazias e plenária gigante no Centro
O Sindipetro-RJ informa: a greve assusta a Petrobras!
O offshore segue sendo o motor do movimento, com adesão total nas P-75 e P-76 (todos os trabalhadores desembarcados) e desembarque massivo na P-78. Um peso-pesado entrou em cena: os Técnicos de Segurança do Trabalho (TSTs) das plataformas aderiram em massa, travando processos vitais de segurança operacional.
Plenária Histórica: Na tarde de hoje, mais de 330 grevistas do RJ e do Offshore da FNP reuniram-se no Centro do Rio. A plenária deliberou pela continuidade da greve e aprovou a unificação das lutas: nesta sexta (19/12), haverá ato conjunto com os grevistas dos Correios (veja o serviço ao final do boletim).
CENPES e CNCL: No CENPES, adesão das áreas de Operações, Utilidades, Planta Piloto e Laboratório. No CNCL, atrasos de quatro horas nos cortes de rendição.
Terminais na Transpetro: No Tevol, Tebig, Tejap e TABG, a greve segue de vento em popa, com os grevistas não se deixando intimidar por pressões e assédios.
Boaventura e PBio: Em Itaboraí, os trabalhadores em greve resistem à liminar da Justiça e ao “pelegoduto” da empresa. Na PBio, mobilização ativa em Montes Claros (MG), Candeias (BA) e na sede. Os trabalhadores da PBio tiveram uma participação especial na plenária de grevistas, com sua luta e bandeiras.
Administrativo e Aposentados: As mulheres do ADM lideram o crescimento da adesão nos prédios (Edihb, Edisen), pautando a defesa do teletrabalho, grande luta do primeiro semestre de 2025. Já vigília dos aposentados pelo fim dos PEDs na Petros, no Edisen completou uma semana de resistência ininterrupta.
SINDIPETRO LITORAL PAULISTA (LP)
Gestão pede “arrego” e sindicato exige corte de produção nas plataformas da Bacia de Santos. No Litoral Paulista, a greve segue com adesão massiva da operação e crescimento no administrativo. O destaque político ocorreu no Edisa Valongo, em Santos (SP): a gestão tentou abrir mesa para negociar contingente, mas desistiu quando o Sindicato impôs a condição: só há diálogo se a pauta incluir a redução da produção das plataformas da Bacia de Santos via controle remoto.
RPBC: Os piquetes surtiram efeito, ampliando a adesão do administrativo. A gestão da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, pressionada, solicitou reunião para discutir contingência operacional.
Paralisação Geral (Alemoa e Tebar): O dia também foi marcado pela unidade com os trabalhadores terceirizados. No Terminal da Transpetro de Alemoa, em Santos, e no Tebar, em São Sebastião, houve paralisação geral nos portões pela manhã, bloqueando o acesso e protestando contra a desigualdade na distribuição da riqueza da empresa.
Pilões e UTGCA: Operação adere a greve em massa. Já no Terminal da Transpetro de Pilões, o foco foi travar a Estação de Compressão (ECR).
Aeroporto de Jacarepaguá e plataformas: O piquete de convencimento no aeroporto segue firme para garantir maior adesão ao movimento. À tarde, os grevistas do LP se somaram à plenária no centro do Rio para traçar os próximos passos da greve nacional.
SINDIPETRO AMAZÔNIA
A greve avança com novas adesões. O movimento no Amazonas deu um salto estratégico nesta quinta-feira.
Além da paralisação em campo, a greve chegou ao Centro de Operações Integradas (COI), localizado no Ediman (Manaus), e à equipe de Inspeção de Equipamentos da Província Petrolífera de Urucu. Trabalhadores desses dois setores também cruzaram os braços!
A greve segue mantida no Terminal da Transpetro em Belém (PA) e com mobilização no Terminal de São Luís (MA), consolidando a força da FNP nas regiões Norte e Nordeste.
SINDIPETRO ALAGOAS/SERGIPE (AL/SE)
Convocatória à Luta: Ocupar o Ediser. Em Aracaju (SE), o Sindipetro AL/SE mantém a estrutura de vigília e faz um chamado urgente para romper o isolamento do home office imposto pela empresa:
“A greve nacional do Sistema Petrobras está em curso e precisa da força, da presença e da unidade de toda a categoria. O Sindipetro AL/SE convoca cada trabalhador e trabalhadora, da ativa e os aposentados, a se somar aos atos de greve em frente ao Ediser. A luta é por um Acordo Coletivo forte, pela recuperação de direitos, por respeito aos ativos, aposentados e pensionistas e contra a precarização. Não é hora de assistir de longe.”
AGENDA DE LUTA – SEXTA-FEIRA (19/12)
Unificar as Lutas! Petroleiros e trabalhadores dos Correios juntos contra o arcabouço neoliberal
Horário: A partir das 12h
Local: Sede dos Correios – Av. Presidente Vargas, 3077 (Rio de Janeiro)
Fonte FNP
