Unidade e mobilização: assembleia dia 26 para rejeitar a 4ª proposta e seguir em greve

Vamos disputar cada voto!

A greve segue firme no Litoral Paulista e a categoria volta a se reunir para decidir os próximos passos com unidade e responsabilidade. A FNP inicia, a partir de 24/12/25, assembleias de rejeição à proposta, e no Litoral Paulista teremos assembleia no dia 26, sexta-feira, na sede e na subsede, a partir das 14h. Para os trabalhadores e trabalhadoras do offshore, a assembleia será presencial no Hotel Promenade Link Stay (Avenida Ayrton Senna, 2600, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro). É fundamental que todos os trabalhadores e trabalhadoras que defendem a manutenção da greve e querem conquistas reais compareçam e votem: a empresa deve colocar seus representantes e gestores em peso para pressionar pela aprovação da proposta — e a resposta precisa ser categoria presente, organizada e votando com consciência.

O indicativo é claro: manter a mobilização e rejeitar a 4ª proposta da Petrobrás, conforme orientação da FNP e do sindicato, porque a proposta ainda não chegou onde a categoria quer. Para garantir que a negociação continue sob pressão, a FNP vai enviar ofício cobrando a continuidade das tratativas com a empresa e também uma carta aberta aos demais sindicatos, chamando a rejeitar a proposta e seguir na luta junto com os Sindipetros que também manterão a paralisação. Os sindicatos que rejeitarem a proposta poderão, ainda, se reunir entre si para construir encaminhamentos comuns e fortalecer a unidade na luta. Neste momento, as minutas da Petrobrás e da Transpetro já chegaram e estão sendo avaliadas, enquanto as minutas da PBIO e da TBG, subsidiárias do Rio de Janeiro, ainda não chegaram.

A contradição é evidente: enquanto apresenta uma proposta que não atingiu o patamar que a categoria quer, a Petrobrás segue colocando muito dinheiro na remuneração dos acionistas. Na segunda-feira (22), a empresa pagou uma parcela de distribuição de resultados aos acionistas, dentro de um total de R$ 8,66 bilhões aprovado anteriormente. E, no mesmo 22, foi a data usada como referência para outra distribuição anunciada, de R$ 12,16 bilhões, com pagamento previsto em duas parcelas em fevereiro e março de 2026.

E, além de tudo, a empresa tenta botar terror com comunicados como o que está circulando agora sobre “tratamento de frequência” nos dias de greve, que diz que quem encerrar a greve até 23h do dia 23/12 teria os dias parados entre 15 e 23/12 registrados como metade abonada (sem desconto) e metade descontada, sem “punição” na vida funcional; e a empresa ainda afirma que os dias descontados poderiam ser “compensados” usando banco de horas ou margem de balanço. Já para as bases que seguirem em greve após 23h do dia 23/12, o comunicado afirma que todos os dias parados desde 15/12/2025 serão descontados. Ou seja: é um recado feito para pressionar e dividir, tentando transformar o debate em ameaça e forçar recuo sem resolver a pauta.

No Litoral Paulista, os piquetes e a mobilização seguem firmes em todas as nossas bases: RPBC e UTE (Cubatão), com presença nas entradas e nas trocas de turno; UTGCA (Caraguatatuba), com mobilização na portaria; TEBAR (São Sebastião), mantendo a resistência nos piquetes; Terminal Transpetro da Alemoa (Santos), com mobilização e participação dos trabalhadores da ativa; Terminal Transpetro de Pilões (Cubatão), com atuação firme e impacto real; Edisa, com acompanhamento permanente para enfrentar os fura-greves; e nas plataformas do Litoral Paulista, onde a adesão segue sendo pilar decisivo desta greve.

E fica um chamado direto às bases ligadas à FUP: este não é o momento de baixar a guarda. A empresa está testando a categoria com “cartas”, meias respostas e agora também com comunicados para assustar. Votem contra qualquer indicativo de recuo, mantenham a mobilização e fortaleçam as assembleias e os piquetes. A força que faz a empresa se mexer não é discurso: é categoria em movimento, unidade e pressão organizada — com firmeza e com esperança de conquistar um ACT digno para trabalhadores e trabalhadoras, aposentados e aposentadas.