Isis aderem a mobilizações do Sindipetro-LP

Contra redução de efetivos na RPBC

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, reuniu-se no dia 14 de junho com o Cúpula da Segurança Corporativa (ISC), representada pelo Gerente Jorge, e o  Interino na Gerência Regional,  o Coordenador da Segurança na RPBC,  e um amigo do rei que ate agora não sabemos o por que estava ali.

Na reunião, que teve a participação de todos os diretores liberados do Sindicato, tratou-se da tentativa de terceirização da CISP e da garantia do quadro mínimo dos Inspetores dentro da RPBC, que precisam ser no mínimo de dois (2) por grupo, acrescido do excedente que ainda existe para cobrir férias, atestados médicos e licenças previstas em Lei. 

Esse assunto já havia sido discutido em reunião com a Gerência de RH da RPBC no dia 19 de maio, quando, entre outros pontos, pedimos medidas para cessar o processo de terceirização da segurança patrimonial orgânica da CISP (Central Integrada de Segurança Patrimonial – antiga COSI).

A diretoria do Sindicato mostrou-se muito preocupada com o atual cenário da Segurança Patrimonial, deixando claro que não aceitará manobras arbitrárias e desleais para desmobilizar os Inspetores de Segurança de seu local de trabalho apenas para atingirem seus objetivos – a terceirização.

Junto a essas tratativas, cobrou-se um estudo de segurança para determinar o real número de Inspetores na RPBC de acordo com as demandas locais, que cada dia mais cresce em volumes assustadores. 

Estamos no limite do efetivo
Assim, em meio aos tantos cortes de efetivo que estão ocorrendo, é nítido que os gestores, a quilômetros de distância da Unidade Operacional, estão mais preocupados em regular o ar condicionado de suas salas, do que se preocuparem de fato com a segurança física das instalações, e a vida dos colaboradores. 

São vários e tristes os exemplos que comprovam a falta de cuidado com a segurança do trabalhador: No dia 09 de junho deste ano três mortos e um ferido foram confirmados em acidente na sonda NS 32. Dias depois, no dia 18, dois trabalhadores vieram ao mal súbito após inalarem Gás Acido de uma PV1 na Reduc, onde foi implantado a redução do quadro de efetivo.

Nesse cenário de desinvestimento e redução de quadro mínimo, reafirmando o que temos alertado até aqui, é que em menos de duas semanas, três indivíduos foram detidos pela vigilância patrimonial dentro do IERB, e levados à delegacia, não só pelo crime de invasão a propriedade, mas por tentativa de furto. Um dos detidos era procurado pela polícia, e o outro também tinha passagem pelo crime de roubo. Por pouco, os colaboradores não foram vítimas de assalto dentro da Unidade. Também podemos registrar as diversas outras ocorrências da mesma natureza envolvendo furto de bobinas e materiais de obra, cujo valor agregado é grande, e aumenta as chances dos criminosos atentarem contra a vida dos membros da segurança patrimonial com uso de armamentos pesados.

As ocorrências registradas são devido ao resultado da falta de manutenção nos sensores de cerca que estão desativados, a falta de câmeras ativas pelo IERB e RPBC, instalação de cercas cortantes, desativação total do posto de vigilância no PV 20, os desinvestimentos feito por Pedro Parente e a redução de efetivo orgânico da vigilância.

Será que o Gestor da Unidade vai esperar os criminosos chegarem dentro das CCLs e CCIs para tomar providências? Será que os gestores estão dispostos a serem responsabilizados pessoalmente por mais uma morte dentro da RPBC? Será que vamos ter que ver mais sague derramado no solo da RPBC como o do Vigilante Francisco em 2014? Será que ainda sim os gestores irão insistir em transferir compulsoriamente alguns Inspetores para Transpetro, ou vão definitivamente pôr o pé no chão e estudar medidas para recompor o efetivo da segurança patrimonial na RPBC?

Chegou-se ao limite do limite do quadro mínimo na Segurança Patrimonial, pois de sete Inspetores por grupo, hoje são apenas dois profissionais, que precisam se desdobrar para manter o que se fazia com sete no efetivo. Fatos como a crise econômica no país, a situação da Companhia, os desinvestimentos praticados ilegalmente pelo presidente da Petrobrás, Pedro Parente, fizeram crescer exponencialmente o índice de criminalidade na região, o que afeta diretamente as ações da segurança patrimonial da Refinaria.

Isis na luta!
Até recentemente, devido a uma cultura ultrapassada, deixada pelos militares como herança, os Inspetores de Segurança raramente participavam de movimentos sindicais da categoria, pois eram ostensivamente assediados, com duras represarias e claras manipulações de informações e promessas de cargo de confiança, letras, e um plano de carreira pareada com a classificação dos técnicos, que até hoje não saiu do papel.

Para piorar, o que antes já nascia ruim e injusto está ficando ainda pior, pois já vem se formando um novo plano de carreira, que visa remunerar o trabalhador com o mesmo salário, porém, derramando sobre ele uma enxurrada de novas atividades e novas tarefas, inclusive, atividades operacionais em tubulações externas, sem qualquer proteção dos órgãos do ESTADO.

Diante disso, e já vivendo uma realidade completamente diferente de antigamente, os Inspetores de Segurança reagiram a todas essas ilusões, assédios e represarias, e de forma histórica, obtivemos na última semana, 99% de adesão dos Inspetores de Segurança da RPBC ao chamamento do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, para lutarem não só pela manutenção de suas carreiras, mas contra a privatização da Petrobrás.

Atenção ao assédio moral
Os petroleiros da Segurança Patrimonial da RPBC vêm demonstrando um grande exemplo de união e amor a Petrobrás, dando um basta às arbitrárias imposições de uma Gerência que só vem olhando seu próprio umbigo. E agora, diante desse grande passo, somaram-se aos milhares de outros Petroleiros na luta por um futuro melhor, e uma Petrobrás livre da privatização.

O Sindipetro-LP está atento à tentativa dos gestores da segurança patrimonial em obrigarem os Inspetores de Segurança a não registrarem as horas extras para pagamentos, nos casos previstos em lei e no acordo coletivo.  Não será admitido perseguições e assédios a nenhum trabalhador que, por livre e espontânea vontade, decidirem participar dos movimentos sindicais da categoria. A luta é de todos!

Que outros petroleiros da segurança patrimonial de outras Unidades, eventuais e supervisores sigam o mesmo exemplo, para que amanhã não tenham que explicar a seus filhos o porquê suas carreiras foram extintas e a Petrobrás privatizada.  Os Gerentes vão, a Petrobrás fica!

O Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista repudia qualquer redução do quadro, seja na operação, na segurança patrimonial, na segurança industrial, no laboratório, na inspeção de equipamentos, ou onde quer que seja. Não vamos aceitar essa política indecente e perigosa ao trabalhador sem lutar.

Ainda há tempo de mudar! Juntos somos mais fortes!