Com abordagem diferente, Sindipetro-LP protesta contra assédios e punições no Edisa Valongo

Parou tudo!

Nesta terça-feira (4), data em que os petroleiros do Litoral Paulista avaliarão, em assembleia, às 17h, a proposta de congelamento de salários e retirada de direitos da categoria apresentada pela Petrobrás, a diretoria do Sindipetro-LP mobilizou os petroleiros do Edisa Valongo, em Santos, com uma abordagem diferente.

Com uma longa lista de denúncias de assédio moral, sexual e de perseguição aos trabalhadores engajados com o movimento sindical, que inclui a suspensão de 10 dias de um trabalhador que participou da mobilização em defesa da Educação no di 15 de maio, na RPBC, a ação no Valongo, ao invés de se concentrar na entrada do prédio, onde se costuma panfletar e conversar com os trabalhadores, a diretoria do Sindipetro-LP se dividiu, dedicando especial atenção na entrada da garagem do prédio. Dessa vez, cada trabalhador que chegava de carro era parado, recebia o boletim sobre o ato do dia e conversava diretamente com o diretor sindical sobre os problemas na unidade, proposta do ACT e demais assuntos.

O atraso, que foi até às 10h, causou trânsito em frente ao prédio e refletiu nas ruas adjacentes por consequência do grande número de trabalhadores que utilizam carro próprio como meio de transporte.

A gerência da unidade chamou a Polícia Militar, mas como não havia nenhum problema com o ato legítimo, restou aos policiais organizar o trânsito na rua até a chegada da CET.

É preciso barrar os abusos praticados no Valongo, onde o trabalhador é vigiado todo momento, sendo culpado e exposto pela gerência quando se acidenta. A prática de culpar o trabalhador por seu próprio acidente tem surtido efeito: a subnotificação de acidentes virou praxe no prédio, não somente pela empresa, que muitas vezes se recusa a fazer a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), mas pelos trabalhadores, que não querem ser constrangidos durante os Diálogos Diários de Segurança (DDS), quando a gerência aproveita o espaço para culpar o funcionário por seu infortúnio.

Além da proposta da empresa, cujo indicativo do sindicato e FNP é pela rejeição, haverá Seminário para organizar a campanha reivindicatória deste ano. A categoria também irá decidir se adere à greve geral de 14 de junho contra a reforma da previdência, convocada pelas centrais sindicais.