FNP pede ao TST a continuidade das negociações do ACT da Petrobrás

ACT 2019

A Federação Nacional dos Petroleiros enviou ao TST, na última quinta-feira (26), um pedido de continuidade do processo de mediação da negociação pelo Acordo Coletivo de Trabalho com a Petrobrás. A FNP entende que a proposta não atende aos trabalhadores, pois mantém a retirada de direitos, e por isso reivindica a manutenção das reuniões para que se possa chegar a um acordo coletivo justo.

No documento a FNP também questionada a ordem de apresentação do aceite ou não da proposta do TST, pois o prazo dado pelo tribunal para apresentar a proposta à categoria é insuficiente para alcançar todos os trabalhadores, sobretudo nas bases mais afastadas.

Até a publicação desta reportagem a empresa não havia se posicionado sobre a proposta do TST, apenas questionando o Tribunal se poderia aceitar em partes a proposta apresentada pela mediação do acordo.

Ao TST, a FNP argumenta que a Petrobrás não passa por qualquer crise financeira, apresenta lucro de bilhões e que sua folha de pagamento representa apenas 11% do seu faturamento, o que deve diminuir diante dos planos de demissão incentivadas em andamento. "Considerando a teoria da empresa, as entidades sindicais também não concordariam com a redução de direitos, entendendo que a MEDIAÇÃO deveria ter seu prosseguimento, com análise dos números contábeis da empresa em 2018, ou mesmo em 2019, o que, por certo, resultaria em avanço nas negociações ou mesmo na proposta efetuada”, diz em um trecho do documento.

Passo a passo
Nesta segunda-feira (30) termina o prazo dado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) para que federações e Petrobrás respondam a proposta apresentado pelo vice-presidente do tribunal como mediação ao acordo coletivo dos petroleiros. Também se encerra hoje a prorrogação da data base do ACT da categoria.

Para atualizar a categoria sobre os últimos fatos envolvendo a campanha reivindicatória, desde a semana passada a direção do Sindipetro-LP vem realizando atrasos, conversando com a categoria nas bases, apresentando a proposta do TST e explicando os próximos passos da FNP para o acordo coletivo.

Na quinta-feira (26), o atraso foi com o Grupo 1 da RPBC e termelétrica Euzébio Rocha. Na sexta, foi dia de diálogo e mobilização no terminal Transpetro Alemoa. Nesta segunda (30), a conversa foi com os regimes de turno e administrativo da RPBC/UTE Euzébio Rocha, em Cubatão, e UTGCA, em Caraguatatuba.

Com informações do Sindipetro-SJC