Petroleiros decidem no dia 3 aprovação de greve e mobilizações contra demissões

Uma luta necessária

Os petroleiros do Litoral Paulista decidem na próxima segunda-feira (3), em assembleia, com primeira chamada às 17h30 e segunda chamada às 18h, na sede e subsede, aprovação de greve e mobilizações contra as demissões que acontecem de norte a sul do país no Sistema Petrobrás. Nesse contexto, o caso mais evidente do desmonte da empresa são os quase mil petroleiros demitidos da FAFEN Araucária, no Paraná, unidade que está em fase de fechamento, sob a justificativa de ser deficitária, e sem interesse de investidores em compra-la, mesmo gerando, só de impostos, mais de R$ 50 milhões ao estado.

Além das demissões já em curso, a luta em defesa da Petrobrás e da manutenção dos empregos de próprios e terceirizados vai ao encontro do enfrentamento da categoria contra a retirada de direitos, colocada com: a implementação do banco de horas antes do negociado; alteração de padrões para retirada de direitos; na precarização da AMS; mudança das tabelas de turnos; redução de efetivo nos terminais; demissão por baixo desempenho; precarização das condições de trabalho e pela negociação da PLR. Todos esses ataques já estão sendo executados pela Petrobrás, sem qualquer respeito às representações sindicais e trabalhadores. Todos os dias os trabalhadores perdem mais direitos, sendo obrigados a seguirem as determinações que vem de cima, simplesmente com a ordem de “cumpra-se”, sem que a empresa abra espaço para negociação. 

No Litoral Paulista, dois fatos precisam de resposta da categoria. Na UTGCA, os supervisores e coordenadores estão sendo orientados a pagar somente 20 minutos de hora extra na troca de turno, contrariando o que diz a cláusula 14 do ACT, obrigando ainda que o excedente a esse limite seja apontado pelo trabalhador como código 2038 (interesse particular). Leia mais aqui.

Em Santos, o terminal operado pela Transpetro na Alemoa está na lista do Programa de Parceria de Investimentos do governo, que pretende arrendar a área de controle da Petrobrás para a iniciativa privada. O arrendamento do local, dedicado à movimentação de combustíveis, representa a redução da capacidade operacional da Petrobrás, aumento do custo de logística e extinção de postos de trabalho dos petroleiros, gerando mais desemprego na região. Será preciso mobilização não apenas da categoria, mas engajamento de toda população da Baixada Santista para que a área do porto continue com a Transpetro.

Todas as bases da FNP serão convocadas ao enfrentamento. As assembleias começam no dia 3 e fazem parte da jornada de lutas que vai de 1 a 14 de fevereiro. 

Está na hora do petroleiro dar um basta aos desmandos e entreguismo do governo e defender a empresa que ajudou a tornar gigante!