Em reunião com Transpetro, Sindipetro-LP discute proteção contra o coronavírus

Covid-19

Foi realizada na tarde desta sexta-feira (20), por videoconferência, reunião entre a gerência regional das unidades da Transpetro e dirigentes do Sindipetro Litoral Paulista. Em pauta, as ações tomadas pela companhia para proteger os trabalhadores do coronavírus (Covid-19) e a adoção de novas medidas que contribuam para barrar o avanço da doença.

Atualmente, 50% do efetivo dos terminais da Transpetro em São Sebastião (Tebar), Santos (Alemoa) e Cubatão (Pilões) já está trabalhando no sistema home office. Segundo os representantes da empresa, a intenção é que até 2/3 da força de trabalho seja deslocada para executar suas funções em casa. Parte deste objetivo, foi informado que a partir deste sábado (21) as unidades passam a adotar a escala de trabalho de 12 horas para o regime de turno, com hora extra diária de no máximo 4 horas. Além disso, petroleiros terceirizados das contratadas serão dispensados por duas semanas, com possibilidade de postergação. Durante a reunião, ao serem questionados, os representantes da Transpetro garantiram que a mudança da escala de trabalho para 12 horas não se trata de uma manobra para alterar futuramente o regime de trabalho do turno. O único objetivo, afirmaram, é mitigar os efeitos da pandemia nas unidades da empresa.

Se ainda assim houver falta de pessoal, o esforço será pela diminuição da demanda de trabalho, o que já vem ocorrendo paulatinamente. Não sendo possível operar apenas com o efetivo disponível, será convocado quem ocupa a função de coordenador técnico de operação e apoio operacional no regime administrativo.

Os dirigentes do sindicato, repetindo a cobrança feita na última quinta (19) em reunião com os representantes das unidades de refino, gás e termoelétricas, cobraram que durante esta grave crise sanitária e social só sejam realizados os trabalhos essenciais para a continuidade operacional. Os demais trabalhadores, próprios e contratados, devem ficar em casa – seja no regime de home office ou não, para garantir uma das principais medidas contra o Covid-19: o isolamento social.

No caso da força de trabalho terceirizada cujas funções não permitem o home office, a cobrança é para que a Transpetro faça a gestão necessária para que a ausência de medições dos serviços reduzidos e/ou interrompidos não tenha como reflexo atrasos salariais e qualquer outro tipo de problema na folha salarial.

Aos trabalhadores que permanecerão em atividade, garantindo as atividades essenciais e inadiáveis, solicitamos ainda a redução dos trabalhos rotineiros, com o monitoramento diário da força de trabalho e a garantia do descanso e de alimentação adequada.

Confira abaixo as principais medidas adotadas para aperfeiçoar a proteção aos empregados:

1. O transporte terá uma divisão maior de funcionários com o uso de mais carros
2. Uma empresa especializada em limpeza hospitalar está sendo contratada para realizar desinfecção periódica nas casas de controle, restaurante, transporte, salas, etc.
3. Orientar a força de trabalho a deixar as portas das casas de controles abertas para a melhorar a troca de ar, com instalação de janela basculante e dois exaustores em cada casa de controle.
4. As liberações de navios poderão ser feitas com a troca de papel por cesta ou na escada do navio, sem contato social. Além disso, não será necessário acompanhar as medições e amostragem.

Outras sugestões
Os empregados do grupo de risco, chamados de grupo crítico pela empresa, são dispensados por meio de lista enviada pelo setor de saúde. Entretanto, a empresa assumiu o compromisso de garantir que o Sindicato contribua nas indicações e critérios. Como exemplo, os dirigentes do Sindipetro-LP alertaram que a empresa não tem seguido os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), que insere no quadro de risco idosos a partir dos 60 anos. A empresa, em seu grupo crítico, usou como critério trabalhadores a partir dos 65 anos.

Em relação ao sistema de home office adotado pelas contratadas, a gerência da Transpetro informou que irá avaliar a emissão de um comunicado corporativo com o modelo que deve ser adotado. Por fim, todas as integrações de novos contratos foram canceladas por duas semanas, podendo ser prorrogado.