Entre manobras do GG e aparato policial, petroleiros realizam ato na Revap contra a terceirização

Mobilização unificada


Nesta quinta-feira (26), os Sindipetros Litoral Paulista, Unificado SP, Minas Gerais, PR/SC e de São José dos Campos realizaram ato na Refinaria Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, unidos contra a terceirização das áreas operacionais das refinarias, terminais e termoelétricas, intensificadas neste ano graças ao plano de privatização do governo Bolsonaro.

Para prejudicar a realização da mobilização, a gerência da unidade mudou o local de embarque e desembarque dos trabalhadores do turno e administrativo e chamou a polícia, que veio com um forte aparato tumultuar a conversa com os petroleiros, com a desculpa de garantir o direito de ir e vir. Apesar da manobra da gerência, a mobilização foi realizada com sucesso com os trabalhadores do turno e ADM que conseguiram chegar na portaria  de costume, com transporte próprio, onde se realizava o ato, mostrando que os petroleiros precisam estar cada vez mais engajados para preservar seus direitos e empregos.

Os atos dos petroleiros são sempre realizados com a participação voluntária da categoria, que sabe dos ataques que está sofrendo e entende que a única forma de reagir é juntar forças com diferentes bases e representações.

Este é o segundo ato unificado realizado pelos Sindipetros do estado de São Paulo (Litoral Paulista, São José dos Campos e Unificado São Paulo) com os petroleiros. No começo do mês, a mobilização foi na Replan, unidade Petrobrás em Paulínia, onde também estamos vendo o avanço da terceirização de setores estratégicos da Petrobrás, que coloca em risco não apenas empregos, mas a vidas dos trabalhadores, das comunidades circunvizinhas e segurança das próprias unidades.

A iniciativa dos petroleiros pretende enfrentar a privatização orquestrada por Paulo Guedes, denunciando o crime lesa-pátria que está sendo cometido pelo governo Bolsonaro, ao entregar a maior empresa brasileira e desmontar um modelo de negócio que caminhava para a autonomia energética do país, produzindo com compromisso ambiental e utilizando recursos gerados pelo lucro da empresa para a Saúde e Educação. Hoje esse lucro vira dividendos para os acionistas e o projeto de soberania energética está sendo substituído por dependência de combustíveis importados, que gera desemprego no país e desmonte das industrias nacionais.

Apesar dos desafios que temos pela frente, com união e luta podemos barrar a terceirização de setores fim da empresa e atrapalhar os planos de privatização do governo Bolsonaro!

Estamos mobilizados!

 

Fotos: Roosevelt Cassio