Gestão da UTGCA gera risco de acidente ao manter compressor de reciclo de gás residual C1+C2 com vazamento

Em defesa da vida!

O Sindipetro Litoral Paulista (Sindipetro-LP) recebeu uma denúncia preocupante que põe em xeque a segurança de uma planta de produção da UTGCA. A denúncia, feita à Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da UTGCA, aponta situação crítica envolvendo uma válvula no processo do compressor de reciclo de gás residual C1+C2 na Área de Produção 2.

De acordo com o que o sindicato apurou, os parafusos que fixam o dispositivo de regulagem da gaxeta da válvula – principal responsável pela vedação que impede vazamentos de gás - estão em estado precário. Esta área abriga três compressores que realizam o mesmo processo, o que significa que não há necessidade de manter este compressor disponível para operação, tornando ainda mais incompreensível a atitude da gestão em relação ao risco iminente. Segundo os trabalhadores da área, há risco de vazamento de gás mesmo sem intervenção na válvula, no entanto, a empresa insiste em manter o equipamento "disponível em último caso".

Uma situação que escancara o risco desnecessário que os trabalhadores são submetidos foi quando uma equipe foi mandada para o local para movimentar a válvula, quando a planta estava sob alerta de descarga atmosférica. Segundo mapa de risco, no chão os trabalhadores estariam cobertos pelo SPDA da planta, mas naquela situação, teriam que subir em um pipe hack acima de dois metros, se expondo ainda mais ao risco de raios. A operação só foi cancelada após os trabalhadores avisarem pelo rádio de comunicação, que é gravado, sobre os riscos que estavam sendo expostos. Somente quando o problema estava sendo registrado, por meio de gravação do rádio, e talvez pensando nas conseqüências para a gestão “resolveram” não mexer na válvula.

É importante lembrar que esta área já enfrentou problemas sérios no passado. Entre abril e maio de 2016, a unidade foi palco de dois grandes vazamentos de gás, ocorrendo justamente nos compressores de reciclo, os mesmos citados na denúncia. Como resultado, a unidade ficou parada praticamente durante todo aquele ano para reparos nas soldas de diversos sistemas da Unidade de Produção 2. Em janeiro deste ano denunciamos um vazamento semelhante, porém na área de produção 1. Veja aqui.

A atual gestão parece disposta a correr riscos desnecessários, colocando em perigo não apenas a integridade dos trabalhadores, mas também a eficiência operacional da planta. Este tipo de atuação, que busca evitar impactos nos índices de desempenho e prêmios, é uma prática que requer uma análise mais crítica e responsável.

O Sindipetro-LP continuará monitorando de perto esta situação e trabalhando para garantir a segurança dos trabalhadores, e a integridade das instalações industriais da unidade.