Atraso contra privatização da Petrobrás para por duas horas próprios e terceirizados da RPBC

O petróleo é do Brasil!

Nesta terça-feira (15), os petroleiros próprios e terceirizados da RPBC fizeram atraso de duas horas, nas principais entradas da refinaria. A mobilização, que foi organizada em conjunto com a Comissão de Desempregados de Cubatão, Sindicato da Construção Civil (Sintracomos), Metalúrgicos, Assojubs e Sindserv, foi também em protesto à ausência dos representantes da Petrobrás que não participaram da reunião marcada para esta segunda-feira (14). A reunião foi agendada há três meses, após a paralisação no dia 19 de fevereiro, que envolveu próprios e terceirizados da Petrobrás. Na ocasião, a Petrobrás aceitou discutir sobre salário, contratação de mão de obra local e condições de trabalho.

Não faltaram motivos para a mobilização, que pegou muita gente de surpresa. Petroleiros de todo o Brasil, puxados pelas bases da FNP, estão mobilizados contra a privatização da Petrobrás, que se mostrou mais próxima após o anúncio da venda de quatro refinarias, no nordeste e sul do país. Petroleiros de todo o país estão sendo chamados para construir uma grande greve nacional, contra o desmonte da estatal. Felizmente a defesa da Petrobrás ganhou um reforço, com o lançamento regional da campanha, organizada pelas Frentes Parlamentares Mistas em Defesa da Petrobrás e da Soberania Nacional, chamada "O Petróleo é do Brasil". Durante o atraso de hoje foi exibido um vídeo falando da campanha, que mostra o quanto o país está perdendo com as medidas entreguistas da dupla Temer/Parente.

A campanha foi lançada no dia 9 de maio, em Brasília e pretende rodar o Brasil denunciando o ataque à maior empresa estatal do país e a importância social e econômica da Petrobrás para a soberania nacional.

A unidade dos sindicatos, juntamente com os desempregados de Cubatão, tem garantido vitórias para a luta dos trabalhadores, mas não pode parar por aqui. O número de desempregados ainda é alarmante na região e as “gatas” continuam querendo arrancar os direitos dos trabalhadores. O protesto serviu de alerta às terceirizadas e direção da RPBC que insistem em retirar direitos e achatar salários. Não vamos pagar a conta de uma crise que não produzimos!

Foi um grande dia para os trabalhadores! Estamos na luta!