Petroleiros do Litoral Paulista se preparam para enfrentar ataques da gestão Castello Branco

Com atrasos pela manhã na RPBC e à noite no Tebar

Em mais um dia de mobilização conjunta com os petroleiros, a diretoria do Sindipetro-LP realizou nesta terça-feira (16), atraso no período da manhã com o Grupo 5 da RPBC, em Cubatão, e à noite, em São Sebastião, com o Grupo 3 do Tebar.

Os atos, que começaram no dia 9 de junho, na Alemoa, são em protesto aos ataques à AMS, que passa por um momento delicado, com o anúncio da terceirização do serviço, que segundo a Petrobrás será gerenciada por uma fundação “sem fins lucrativos”, mas que custará mais de R$ 2 bi. As mobilizações respeitaram as normas de segurança, mantendo distância entre os trabalhadores e com todos usando máscaras faciais.

Outro ponto debatido nos atos são as medidas ainda ineficientes da Petrobrás no combate ao coronavírus. Só na RPBC, mais de 130 trabalhadores, (70 próprios e algo em torno de 60 terceirizados, a empresa não fez esse levantamento), testaram positivo para o coronavírus. A refinaria também já registrou três mortes de trabalhadores pelo covid-19.

Para os trabalhadores, a empresa continua fazendo vista grossa para a doença nas unidades. Depois de muita briga do sindicato para que a companhia testasse todos os trabalhadores, a luta agora é para que a empresa afaste os que testaram positivo e mais, garantir que os trabalhadores terceirizados também passem por exames. Após o ato no Tebar, a categoria fez uma homenagem ao companheiro Antonio Carcavalli, que até adoecer, denunciou o descaso da empresa com a saúde dos trabalhadores e foi vítima do mal que combateu.

Em meio à crise do petróleo e da pandemia pelo novo coronavírus, e diante da conjuntura de ataques aos direitos da categoria, a FNP solicitou à empresa a renovação do acordo vigente por mais um ano, mas a empresa sequer respondeu a federação.

As justificativas de Castello Branco, que fez um vídeo com uma série de dados manipulados e mentirosos para explicar a terceirização do plano de saúde da categoria, foram desmentidas uma a uma pelo coordenador do Sindipetro-LP, Adaedson Costa.

Essa investida contra a AMS é apenas uma das iniciativas da gestão Castello Branco, que segue o plano do governo federal de privatizar a empresa.

Caberá aos trabalhadores, com mobilização, e se preciso greve, interromper essa toada, tocada por um governo que não respeita as instituições e muito menos os trabalhadores. Para dificultar a vida dos entreguistas, proteger os direitos dos trabalhadores é fundamental para a existência da categoria petroleira.

As mobilizações continuam nas bases do Litoral Paulista.

Estamos em luta!